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Vídeos de estrangeiros assediando mulheres na Copa geram revolta

Torcedor peruano fez um vídeo com russas e dinamarquesas pedindo para elas repetirem que gostariam de transar com ele

Redação iBahia • 19/06/2018 às 14:17 • Atualizada em 30/08/2022 às 0:07 - há XX semanas

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Os brasileiros não são os únicos a serem criticados por gravarem vídeos machistas com mulheres na Rússia durante a Copa do Mundo. Torcedores de outros países também foram criticados nas redes sociais por gravações semelhantes, em que pedem para jovens, que não sabem falar espanhol, repetirem frases com palavrões e em referência a seus órgãos sexuais. Na web, internautas repudiaram a atitude dos torcedores e pediram que eles sejam responsabilizados.

Um torcedor peruano, identificado como Antolín Jimmy Fernández Chacón, fez um vídeo com russas e dinamarquesas pedindo para elas repetirem que gostariam de transar com ele. As imagens viralizaram nas redes sociais, despertando o repúdio dos peruanos, segundo os quais a atitude dos homens é um reflexo da sociedade em que a violência contra a mulher ocorre cotidianamente.

De acordo com a imprensa peruana, uma jovem que se identificou como namorada de Fernández afirmou que ele só queria fazer uma brincadeira e estava arrependido do ocorrido.

"Temos a oportunidade de ir a um mundial depois de 36 anos. E o primeiro que fazem é demonstrar o quanto estamos cagados como sociedade? Para isso foram à Rússia? Até quando nós mulheres teremos que aguentar esse tipo de comportamento? #Nemumaamenos", escreveu uma internauta no Twitter.

Outra peruana publicou no Facebook três vídeos de situações de constrangimento a mulheres na Rússia e afirmou ter recebido uma série de insultos por causa disso.

"Seguir colocando coisas como esta debaixo do tapete NÃO FAZ BEM A NINGUÉM", disse Luciana Arata Aschiero.

As jornalistas também não escaparam do assédio. A enviada especial da "Deutsche Welle" a Moscou Julieth González Therán foi agarrada e beijada por um homem colombiano de boné que passava pela praça Manege, onde a repórter fazia a transmissão de contagem regressiva para a cerimônia de abertura.

"RESPEITO! Não merecemos este tratamento. Somos igualmente valiosas e profissionais. Compartilho a alegria do futebol, mas devemos identificar os limites entre afeto e assédio", escreveu Julieth no Instagram.

Após o empate entre a Argentina e Islândia, um trio de argentinos tentou beijar uma repórter também argentina à força durante uma entrevista em Moscou. A equipe do jornal Superesportes registrou o momento do assédio.

De acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe da ONU (Cepal), pelo menos 12 mulheres são mortas diariamente no continente.

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