Vitória pressiona o Santos, vence a partida, mas fica com o vice

Neymar, Ganso e Robinho comemoraram ao fim do jogo, mas não cantaram mais alto no Barradão. Em casa, o Vitória lutou, ganhou o jogo. Os jogadores do Leão foram gladiadores, como já havia avisado o zagueiro Wallace. Mas dois gols separaram o time baiano do título inédito da Copa do Brasil.

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Com o estádio em 'chamas' rubro-negras na noite desta quarta-feira (4), o Vitória bateu o Peixe por 2 a 1. A pequena torcida do Santos, que viu sua equipe vencer o primeiro duelo por 2 a 0, pôde gritar "é, campeão!".



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O Vitória pressionou durante o início do primeiro tempo. Mas, perto do intervalo, o Peixe passou a gostar do jogo e, aos 44 minutos, Edu Dracena abriu o placar, de cabeça. Mas o Vitória voltou dos vestiários com a cabeça erguida. Aos 11 minutos, Wallace empatou o jogo. Aos 32, Júnior fez o segundo e deu esperanças à torcida. Mas a partida acabou. O Santos faturou a taça da Copa do Brasil pela primeira vez.

Ciente da difícil tarefa - vencer por três ou mais gols de diferença -, o técnico Ricardo Silva colocou o time para frente. Schwenck e Júnior juntos no ataque, Nino Paraíba, mesmo no sacrifício, e Bida também começaram como titular.

Como esperado, o Rubro-negro sufocou o adversário nos primeiros minutos de jogo. Aos cinco minutos, a primeira chance. Ramon Menezes cobrou falta da zona intermediária direto para o gol. Rafael se esticou todo para mandar por cima do travessão. Ainda na pressão, Schwenck perdeu grande chance aos 28 minutos. Depois de um vacilo da defesa santista, a bola sobrou para o atacante dentro da área, mas ele isolou.

O Vitória não conseguiu manter o mesmo ritmo e, aos poucos, foi dando espaços ao ataque do Peixe. Com tabelas rápidas, o quarteto Ganso, Neymar, Robinho e André já levava perigo ao gol de Viáfara. Aos 29, Ganso fez grande jogada pela esquerda e mandou para Robinho. O camisa 10 dominou no peito e cruzou para trás, mas ninguém aproveitou.

Aos 32 minutos, as arquibancadas do Barradão tremeram, mas em vão. Bida cruzou bola na área, Schwenck venceu a marcação e mandou para as redes, de cabeça. O assistente, no entanto, marcou impedimento do atacante e conteve a euforia da torcida vermelho e preta. Mas o pior estava por vir. Aos 44 minutos, o Santos tirou o zero a zero do placar. Neymar cruzou na área e Edu Dracena, de surpresa, cabeceou no contra-pé de Viáfara: 1 a 0 Santos.

Apesar da vantagem adversária, o Vitória voltou erguido para o segundo tempo. A torcida também jogou junto. O time não mais precisava de dois gols, mas quatro. Aos sete minutos, Neto Coruja cruzou da esquerda. Júnior subiu para cabecear e a bola tirou tinta do gol de Rafael. As esperanças foram reacesas aos 11 minutos. Ramon Menezes tocou de cabeça dentro da área e Wallace, oportunista, chutou no canto esquerdo do goleiro santista, que nada pôde fazer.

Faltavam ainda três gols. Mas o Santos também achava brecha para atacar. Aos 13 minutos, André recebeu em boas condições e chutou da entrada da área. Viáfara pulou no canto direito para fazer a defesa. Foi a vez do Leão assustar um minuto depois. Bida arriscou de longa distância e a bola passou por cima do travessão.

Todo no ataque, o Rubro-negro virou presa fácil para um possível contra-ataque. Mas Viáfara, em noite inspirada, fechou o gol. Aos 21, Ganso recebeu de Marquinhos dentro da área e fuzilou. O goleiro colombiano fez grande defesa. O Vitória não demorou a responder. Aos 24 minutos, o grito de gol travou na garganta do torcedor rubro-negro. Aproveitando cruzamento, Renato acertou a trave.

Aos 32 minutos, a torcida voltou a vibrar mais uma vez. Elkeson encontrou Júnior em boa posição na área. O Diabo Loiro encobriu o goleiro Rafael e saiu para o abraço: 2 a 1 Vitória. O Rubro-negro tinha 13 minutos e mais os acréscimos para fazer mais dois. Mas o Peixe não se desiquilibrou. O time santista passou a tocar mais a bola e esperou o apito final para levantar a taça.

Vitória 2 x 1 Santos - Final da Copa do Brasil
Data: 04/08/2010 (quarta-feira), às 21h50
Local: estádio Barradão
Trio de arbitragem: Carlos Eugênio Simon, auxiliado por Altemir Hausmann e Érico Bandeira

Vitória: Viáfara; Nino Paraíba (Gabriel Paulista), Wallace, Anderson Martins e Egídio; Neto Coruja, Bida (Adailton), Elkeson e Ramon Menezes (Renato); Júnior e Schwenck. Técnico: Ricardo Silva. Técnico: Ricardo Silva

Santos: Rafael; Pará, Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Arouca, Wesley e Paulo Henrique Ganso; Neymar (Marcel), André (Marquinhos) e Robinho (Rodriguinho). Técnico: Dorival Júnior. Técnico: Dorival Júnior