Volante-artilheiro. A alcunha parece não fazer sentido para a maioria dos jogadores com características de marcação. Para Fahel faz. Os 25 gols pelo tricolor, alguns decisivos, fizeram do jogador uma espécie de amuleto da torcida durante quatro temporadas. Mas o ciclo do volante no Bahia chega ao fim.
O contrato se encerra no final do mês e não será renovado. Diante das palavras do novo presidente, Marcelo Sant’Ana, o respeito pelo atleta será conservado, ainda que a saída seja iminente. "Fahel expira o contrato, então entendo que ele deu a sua parcela de contribuição. Vou conversar antes com ele, pois foi nosso capitão, mas o vínculo se expira em 2014", comentou Sant’Ana logo após ser eleito.
Fahel chegou ao Bahia para a disputado Campeonato Brasileiro de 2011, justamente no retorno da equipe à primeira divisão. Curiosamente, a despedida será quando o tricolor foi rebaixado novamente.
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História - No Bahia, Fahel viveu um dos melhores momentos da carreira. Consolidou-se como titular já na sua chegada e, logo no primeiro ano no clube, marcou três gols na Série A. A marca registrada e jogada mortal do volante foi bola aérea. A maioria dos gols que Fahel marcou no tricolor foi de cabeça. Em 2012, se firmou na equipe com o então técnico Paulo Roberto Falcão, passando a se notabilizar como jogador decisivo.
Na final do Campeonato Baiano daquele ano, Fahel iniciou a sina de ser carrasco do Vitória, ao marcar um gol no empate em 3x3, que deu o título ao tricolor após 10 anos. Ao fim da temporada 2012, o volante contabilizou nove gols. Em 2013, sofreu com o mau início da equipe, goleada e humilhada pelo rival no Baiano. Mesmo assim, balançou as redes seis vezes no ano, mantendo a boa média.
Este ano, Fahel completou 188 jogos coma camisa do Bahia. Do atual elenco, apenas três jogadores o superam: Lomba, Ávine e Titi. Mesmo volante, fez sete gols, marca superada apenas por Anderson Talisca, hoje no Benfica. Na Série A terminou como vice-artilheiro do time com três gols, atrás apenas do centroavante Kieza, que fez seis.
Mas o grande feito foi no Campeonato Baiano, quando balançou a rede em três Ba-Vis. O primeiro, na primeira fase, no empate em 1x1 em Pituaçu. O segundo foi no jogo de ida da final, no triunfo de 2x0 na Fonte. Na grande decisão, abriu o placar no empate em 2x2, em Pituaçu, que deu mais um título ao tricolor.
Com 33 anos, o mineiro de Teófilo Otoni foi uma das lideranças do time nos últimos quatro anos, embora muitas vezes contestado em campo. Com a saída dele, o elenco tem Feijão e Bruno Paulista, além da volta de Lenine e Hélder.
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