Salvador sedia a partir desta sexta-feira (22) o 1º Encontro Artivista Transfeminista. O evento, que acontece até domingo (24), é realizado pelo Instituto Audiovisual Mulheres de Odun (iAMO) e a Casa Chama. O objetivo da iniciativa, que vai ser realizada na sede do iAMO, no bairro Coqueiro Grande, é colocar a promoção audiovisual no centro da luta pela igualdade de gênero.
O encontro promete reunir pessoas dedicadas à causa trans e suas interseccionalidades, concentrando-se em estratégias e debates construtivos. Uma das principais questões abordadas será a avaliação das estratégias ativistas e narrativas em resposta ao crescimento de movimentos conservadores que buscam minar os avanços sociais relacionados à igualdade de gênero.
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"O debate sobre estratégias para combater os movimentos antigênero é crucial para garantir os direitos das pessoas trans. Esses movimentos disseminam informações prejudiciais e preconceituosas, aumentando a discriminação, a violência e a exclusão social", destaca a idealizadora, a cineasta Viviane Ferreira.
Ela complementa: "A troca de experiências e a construção de estratégias eficazes, incluindo a construção de narrativas sólidas, fundamentais para proteger os direitos e a dignidade das pessoas trans".
O evento conta com apoio da Apta, Renfa e APAN, bem como o financiamento do Nebula Fund.
Residência Artística
Após o encontro, a segunda parte do projeto consistirá em uma "Residência de Produção Audiovisual", que ocorrerá de 25 de setembro a 06 de outubro de 2023, também na sede do iAMO. As pessoas residentes, selecionadas previamente e convidadas pela equipe, colaborarão na criação de vídeos com foco na promoção e visibilidade das infâncias trans. Esses vídeos farão parte de uma campanha digital que será lançada no Dia das Crianças, 12 de outubro de 2023, durante o lançamento da nova sede da Casa Chama, em São Paulo.
O projeto da residência será orientado por mentores/as convidados/as, e os vídeos produzidos contarão com a contribuição e expertise de todos os residentes.
"A Casa Chama e o Instituto Audiovisual Mulheres de Odun estão comprometidos em criar um cenário mais inclusivo e respeitoso para todas as pessoas trans. A seleção dos participantes reflete a diversidade da comunidade trans brasileira, com uma composição que inclui 80% de pessoas negras e mais de 50% de transmasculinos", destaca Ferreira.
Programação
Da Redação
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