Criado para acolher e reunir mulheres lésbicas em um espaço seguro, o projeto "Sapaokê", realizado em Salvador, foi idealizado para celebrar a existência das mulheres sapatonas. As criadoras do grupo, Thaisa do Brega e Lua Menezes, foram as convidadas para a live do Fervo das Cores, desta sexta-feira (7), e falaram sobre a importância do grupo para a comunidade de mulheres lésbicas e bissexuais na capital baiana.
O primeiro encontro da iniciativa aconteceu em uma data simbólica, 8 de março, quando é comemorado o dia Internacional da Mulher. "Foi uma ideia que nós tivemos em uma casa de acolhimento no Pelourinho, de fazer um karaokê voltado para as mulheres lésbicas", conta Lua Menezes, em entrevista conduzida pelo repórter Elson Barbosa.
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Depois disso, a ideia virou uma febre e muitas mulheres lésbicas e bissexuais se interessaram pelo grupo. Inicialmente, a dupla recebia cerca de 20 mulheres por evento, hoje, mais de 200 mulheres participam do Sapaokê, que acontece todos os sábados. A festa é realizada no bar A Marajuda, localizado no Santo Antônio, Centro Histórico de Salvador.
"Faltava esse espaço mesmo onde só tivesse a mulherada e a gente pudesse ficar à vontade. E não é a vontade para ficar louca, tirar a roupa e subir pelas paredes, não, é ficar a vontade para se sentar e não se preocupar de que vai vir um cara e encher o saco ou fetichizando o nosso rolê", pontuou Thaisa sobre a necessidade do local.
De estrutura simples, a dupla pontua que o verdadeiro valor do Sapaokê está na animação das mulheres e na vontade de curtir um ambiente sem violências, como o assédio. "É um movimento que não tem como não ser político, mas a nossa intenção é garantir o entretenimento porque nós não queríamos ter que falar dessas questões", enfatiza Lua.
Confira abaixo o bate papo completo:
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Redação iBahia
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