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O primeiro Ba-Vi na Fonte Nova: o jegue fez a festa

Juvenal, apelidado de Jegue Alemão, fez 2 na estreia do clássico no estádio

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07/04/2013 às 12:30 • Atualizada em 02/09/2022 às 7:27 - há XX semanas
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Era 24 de junho de 1951, um domingo de São João, em uma Salvador tomada por imigrantes do interior que vinham da seca procurar emprego e encontravam na Fonte Nova seu espaço de sociabilidade. No inacabado vizinho do Dique, a bola iria rolar para o primeiro clássico Ba-Vi do estádio.
Um jogão recheado de expectativas. Ao Tricolor, então tetra estadual, um triunfo valia a sobrevivência pelo título do primeiro turno do certame. Aos Leões da Barra, vencer era o suficiente para levar o troféu. Os portões da Fonte foram abertos às 11h, meia hora antes da previsão pra hoje, inauguração do moderno gigante. Naquele domingão, todos entraram pela Ladeira da Fonte das Pedras. O camarote da época eram 200 cadeiras na pista ao redor do gramado, vendidas ao valor de 50 cruzeiros. Quem sentou “do lado do sol”, como bem cita o Diário de Notícias na matéria de apresentação do clássico, pagou 10 cruzeiros. As demais entradas saíram a 30.
E nesse jogão de bola, o Jegue Alemão se tornou inesquecível. Esse era o apelido de Juvenal, segundo maior artilheiro da história rubro-negra, com 151 gols. No duelo, além de fazer o primeiro gol da história do Ba-Vi na Fonte, ainda marcou outro no triunfo por 3x1.
Uma façanha e tanto. Isso porque no gol Tricolor havia uma muralha de nome Lessa, magrelão de estilo abusado e engraçado que acabou sendo citado por Gilberto Gil na canção Tradição: ‘Essa garota do barulho /No tempo que Lessa era goleiro do Bahia/ Um goleiro, uma garantia’, menciona o cantor de paixão Baêa...
Mas nem só de Juvenal e Lessa viveu o primeiro Ba-Vi da Fonte. O Bahia foi para o intervalo com o 1x1 graças a um gol de Zé Hugo, talvez vítima da passada de perna mais inusitada da história dos rivais. Apalavrado com o Leão, ele vinha de Ilhéus de barco para Salvador quando os dirigentes tricolores mandaram uma navegação em alto mar para ele assinar com o Bahia.
Quando desembarcou, em vez de jogar no Vitória, vestiu azul, vermelho e branco. Já o último dos quatro gols do primeiro clássico da Fonte foi marcado por Tombinho, que atacava sem preocupação graças à segurança do centro-médio Bengalinha na meiúca. Ídolo, treinou o time na boa campanha do Brasileiro de 1974 - o Vitória foi oitavo. Mas de volta ao clássico, a derrota provocou uma crise no Tricolor. O tranquilo presidente Carvalhinho exigiu, nos jogos seguintes, a entrada dos garotos no time principal.

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