Pressão, nervosismo, tensão? Nada disso está no vocabulário de José Welison – ou Zé, como prefere ser chamado. Mesmo com o primeiro Ba-Vi do ano prestes a acontecer, ele segue com seu jeitão pacato de ser. O duelo será domingo (9), às 16h, na Fonte Nova.
Aos 22 anos, o volante admite que não sente peso algum por encarar o maior rival. Ao contrário, acha até gostoso quando o jogo envolve mais emoção. “Não sinto mais pressão, mas aumenta muito a concentração. Você passa a semana pensando no Ba-Vi. Começa a pensar no que vai fazer lá na hora do jogo, vem várias coisas na cabeça”, conta ele, que já imaginava que o ano seria recheado de clássicos. Até agora, são cinco confirmados – um no domingo, pelo Campeonato Baiano, dois pelas semifinais da Copa do Nordeste e dois pelo Campeonato Brasileiro.
O número sobe para sete caso tricolores e rubro-negro se enfrentem na final do estadual. “A gente já sabia que a possibilidade de ter muitos Ba-Vis era grande. Pegamos o Sergipe antes e imaginamos que o Bahia passaria deles também. Eu, sinceramente, encaro como uma situação totalmente normal. Ba-Vi é gostoso demais de jogar, é clássico, é importante, ainda mais quando é decisivo, mas não me estressa”, garante.
Em semana de clássico é certo o técnico Argel Fucks jogar duro nos treinos. Ele, que não gosta de perder nem par ou ímpar, vai cogitar perder Ba-Vi? Jamais. José Welison se diverte ao falar do jeitão do treinador. “Ele é durão, bem gaúcho. É engraçado, ele com aquele jeitão ‘não, não, não. Tá errado’. Ele fala bem assim (risos)”, brinca, ao tentar imitar o sotaque do treinador. “É muito gente boa. Dá muita confiança pra os jogadores. Argel é agitado, é o jeito dele. Ele tá ali do nosso lado. Se tivesse que entrar em campo e dar carrinho, ele daria. Se você notar, quando o jogo acaba ele, às vezes, sua mais do que a gente”, brinca.
Mas tá pensando que é só Argel que é assim no Vitória? Nada disso. Zé entrega que o zagueiro Kanu e o volante Willian Farias também são especialistas em puxão de orelha e, eles sim, tiram o volante do sério. “Kanu e Willian Farias são os que mais reclamam, falam quando algo foi errado. A gente bate boca às vezes, mas é coisa de jogo. A gente pode até se xingar em campo, mas fora estamos juntos, colados”, alerta.
Oportunidade
Zé começou o ano na reserva e conquistou uma vaga de titular primeiro na lateral-direita, improvisado. Aos poucos, cavou sua vaga na posição que gosta, de onde não saiu mal, com muito merecimento, diga-se de passagem.
Hoje, ao lado de nomes consagrados do futebol brasileiro, a ficha do garoto começa a cair. “Quando eu estava na base, meu sonho era jogar com esses caras. Eu só via pela TV. É uma oportunidade única pra mim. A gente aprende cada dia mais com Cleiton (Xavier), Dátolo, Willian Farias. São caras rodados, que a gente admira muito”, diz.
Desde que Zé subiu da base para o profissional, em 2014, foram realizados 12 clássicos contra o Bahia. Ele esteve em oito deles. Venceu dois, empatou três e perdeu três.
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Redação iBahia
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