Uma das raças de cães mais populares do Brasil é o Shihtzu. Pequenos, de pelos longos, sociáveis e de personalidade forte, os cãezinhos conquistaram os corações dos brasileiros e hoje fazem a alegria de muitas famílias. A raça tem cerca de 27 cm, pode pesar até 8kg e vive, em média, de 12 a 14 anos. Quem conta a origem do Shihtzu é o médico veterinário Rafael Guimarães.
“Antigamente acreditava-se que o Shihtzu foi criado para conviver com idosos e crianças, mas a origem dele ainda não é muito bem definida. Uns dizem que é de origem do Tibet, outros que é da China, que é a mesma coisa, mas que antigamente eram regiões diferentes, e eles eram usados como espécie de dote”, conta Rafael.
Ainda segundo o especialista, os Shihtzus são chamados também de cão leão e nos países orientais são considerados cães sagrados. “São animais específicos de um padrão. Eram cães de imperadores, de pessoas da alta sociedade daquela época”.
Muitas pessoas confundem o Shihtzu com o Lhasa Apso. A diferença dos dois está no tamanho do focinho. O Lhasa tem o focinho mais alongado, enquanto o Shihtzu é braquicefálico, com o focinho curto e olhos projetados para fora. E por falar em olhos, os tutores devem ter cuidados específicos com o pet, que tem uma predisposição a desenvolver problemas no globo ocular.
“A gente precisa deixar claro que os Shihtzus não podem ser tosados na região da face, eles devem usar elástico. O pelo do Shihtzu na região do focinho é projetado para cima e para frente, justamente para proteger o globo ocular, porque eles têm uma órbita rasa e os olhos são projetados para fora. A partir do momento que o animal faz essa tosa, esses pelos crescem projetado para trás e terminam causando lesões na córnea do animal. Além de outros problemas, como dificuldade de produzir lágrima”, detalha Rafael.
Além dos problemas nos olhos, o Shihtzu também tem predisposição para doenças de pele. E muitas vezes a origem do problema está no excesso de banhos.
“O cão hoje em dia não é considerado mais um animal de estimação, e sim um filho. Os cães dormem na cama, vão para rua, pegam sujidade no pelo e alguns tutores, para ter o animal sempre limpo, acabam intensificando os banhos e com isso tirando toda proteção da pele do cão. Dessa forma as bactérias e fungos vão se proliferar e é isso que acontece em especial com os shihtzus, porque as pessoas dão banho em casa, não secam da forma adequada, ou dão banho demais. O problema é que as pessoas não conhecem bem a raça e tomam atitudes erradas e com isso favorece a uma predisposição que eles têm”, explica o médico.
Os cães da raça Shihtzu são inteligentes e seguem o ritmo da casa. Eles se adaptam a qualquer ambiente, isso é, podem viver bem com famílias grandes ou pequenas. São animais afetuosos, que gostam de receber carinho, mas também são independentes e decididos. Eles vivem bem em apartamentos e casas, mas nesse caso os cuidados com os pelos devem ser redobrados.
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“Eles vivem muito bem em casa, em sítio, em apartamento. O que vai mudar dentro desses ambientes é o cuidado que se deve ter com o animal. Se você mora em uma casa que tem muitas plantas, aqueles carrapichinhos, você vai precisar tosar ele. Porque o pelo longo vai grudar os carrapichos, vai favorecer os embolos e animal vai sofrer para desembolar. Animal de pelo longo necessita que os donos tenham essas cuidas. Precisa pentear duas vezes por dia nesses casos. Já no apartamento não existe essa preocupação”, diz Rafael.
Vale lembrar que antes de você decidir por comprar ou adotar um animal de estimação, é importante marcar uma consulta com um médico veterinário para tirar todas as suas dúvidas sobre a raça em questão.
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