O idoso de 72 anos que havia sido reanimado após ter o óbito atestado por dois médicos morreu neste sábado (23), em Itabuna, no sul da Bahia. A informação foi confirmada ao g1 por um familiar de Damião José dos Santos.
O corpo de Damião está sendo velado neste sábado, na Funerária Fasf, em Itabuna. O sepultamento será realizado no domingo (24), às 10h, no Cemitério Campo Santo, na mesma cidade.
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Damião José dos Santos estava internado no Hospital de Base de Itabuna para tratar uma pneumonia, mas a família não detalhou a causa oficial da morte.
No dia 13 de agosto, o quadro clínico do idoso se agravou, e ele passou a depender de aparelhos para respirar. Quando "morreu", utilizava 100% de ventilação mecânica. Damião ficou mais de uma hora sem sinais vitais.
O médico Cristiano Conrado, auditor do Hospital de Base de Itabuna, explicou o que pode ter causado o episódio incomum. "Havia um excesso de medicação que ainda permanecia na corrente sanguínea e ele estava sendo hiperventilado com oxigênio, o que permitiu um acúmulo de oxigênio no sangue", disse o profissional ao g1.
Conforme o hospital, o paciente sofreu uma parada cardiorrespiratória (PCR), e foram iniciadas manobras de reanimação. No entanto, ele não respondeu. Damião apresentava ausência de atividade elétrica cardíaca, de pulso e de reflexos-sinais compatíveis com o diagnóstico de óbito.
As manobras de reanimação foram mantidas por cerca de 15 minutos, sem sucesso, e o óbito foi então confirmado. A família foi avisada, e a funerária acionada para fazer a remoção do corpo.
Porém, cerca de uma hora após a confirmação da morte, quando a equipe funerária já se deslocava até o hospital, os médicos identificaram discretos movimentos respiratórios no paciente. "É incomum esse retorno no período que foi constatado neste caso, quase uma hora após a morte", afirmou o médico Cristiano Conrado.
O hospital informou ainda que há registros de casos semelhantes na literatura médica e que, até o momento, não foram apontadas falhas na conduta da equipe médica.
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