Uma operação conjunta das Polícias Civil e Militar, realizada nesta quarta-feira (18), desarticulou mais um laboratório de produção intensiva de maconha na região de Irecê, cidade localizada a 583 quilômetros de Salvador.
Segundo informações da Polícia Federal (PF), este segundo laboratório estava produzindo maconha gourmet, com alto teor de THC, em escala industrial. As sementes eram especiais e importadas, possivelmente, da Europa.
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Para realizar a produção do entorpecente, além da irrigação motorizada, foi necessário desenvolver uma estrutura para manejo e secagem da droga em um grande pavilhão de alvenaria climatizado.
No local, também era produzido haxixe, que é um óleo rico em THC extraído dos brotos e da flor de determinados tipos de maconha. Ou seja, o local utilizado pela organização criminosa usava a totalidade da cadeia produtiva, desde as plantações até a distribuição final.
A ação foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco/Ilhéus), Polícia Civil de Unaí/MG e a Polícia Militar da Bahia (CIPE Catinga e CIPE Semi Árido).
Laboratório produzia droga para outras organizações criminosas do Brasil
A PF explica que com a tecnologia empregada é possível produzir até oito toneladas do entorpecente por hectare, com três a quatro safras por ano no mesmo local. Pela estrutura encontrada, foi constatado o alto poder financeiro da organização criminosa que atua na região de Irecê, há pelo menos 2 anos, e abastece diversas facções interestaduais.
A organização criminosa seguirá sendo investigada pela FICCO/Ilhéus, considerando que a produção em larga escala de maconha, na região de Irecê, é remetida para todas as regiões da Bahia e para outros estados brasileiros.
Ketheleen Serra
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