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LITERATURA

Em obra fotográfica, Álvaro Villela enfoca Carnaval de Maragojipe

O livro apresenta em 108 imagens uma das festas mais coloridas e repletas de personagens, tombada como patrimônio imaterial

• 21/02/2014 às 19:27 • Atualizada em 27/08/2022 às 20:36 - há XX semanas

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Localizada às margens do Rio Paraguaçu e cercada de manguezais, Maragojipe é uma pequena localidade do Recôncavo Baiano, que tem seu Carnaval comparado à Veneza, na Itália. A festa colorida e cheia de humor, ganha ainda mais destaque por conta da arte das máscaras, que surgem em diferentes pontos da cidade satirizando políticos e personagens de filmes e da TV. Toda essa rica expressão popular e local foi registrada pelo olhar sensível do fotógrafo Álvaro Villela, que mostra o resultado do trabalho entre 2006 e 2012, no livro 'Careta, Quem é Você? - Carnaval de Maragojipe'.A publicação será lançada na próxima segunda-feira (24), a partir das 19h, no Ciranda Café, Cultura e Artes, que fica na rua Fonte do Boi, Rio Vermelho. Em 138 páginas, o fotógrafo apresenta 108 fotografias, através das quais narra essa festa tão intensa, repleta de personagens e cores. Para contextualizar o leitor, o fotógrafo abre o livro com uma série de fotos em preto & branco, que revelam o cotidiano do lugar e como vive sua gente. Os traços das culturas negra, indígena e europeia influenciam não só a vida de Maragojipe como seu Carnaval, que foi tombado como patrimônio imaterial. Além dos caretas - que são pessoas fantasiadas sem deixar sua identidade aparente - a festa tem ainda a apresentação do Bloco das Almas, que vai às ruas à meia-noite para 'assombrar' as pessoas. Tudo isso acontece ao som de marchinhas que saem do trio elétrico, que ainda lembra a estética dos primeiros carros de há 50 anos. Apesar de o livro trazer as imagens em sua grande parte, alguns textos explicam ao leitor o sentido e o contexto do Carnaval de Maragojipe. Em um deles a museóloga Rosa Maria Vieira de Melo explica a figura emblemática do careta. "Costumo sempre falar dos grupos de mascarados, mas seria imperdoável omitir os caretas a que chamo solitários, que muitas vezes não planejam a roupa com antecedência, mas sim na hora, de improviso, e que sem eles o Carnaval não seria o mesmo. Sentem o mesmo amor, a mesma paixão e o mesmo prazer pela festa. Por isso na cidade se toma fantasia emprestada. Ninguém nega ao outro a possibilidade de virar careta! Todos contribuem, um empresta a blusa, ou a máscara, outro a peruca, outro o sapato, a calça, ou a fantasia por inteiro e assim toda a cidade se envolve para proporcionar um dos mais divertidos Carnavais que tenho conhecimento. Porque em Maragojipe permanece a essência da festa chamada Carnaval, a brincadeira, a troça, a sátira, a pilhéria e, sobretudo, o espírito burlesco". O fotógrafo Álvaro Villela afirma que há sete anos conheceu o Carnaval de Maragojipe por um acaso, quando fotografava a vila em torno do Rio Paraguaçu e viu, então, as máscaras que garotos usavam em uma periferia do local. "Encantamento e curiosidade foram os sentimentos que me aguçaram o desejo. As máscaras, talvez desde a época que meu pai saía no Carnaval de Salvador fantasiado com uma mortalha e uma careta, sempre me causaram um certo fascínio", relembra o fotógrafo.
O livro será vendido a R$ 50 durante o lançamento da segunda-feira; depois deste dia, a publicação será comercializada por R$ 100, nas livrarias. Leia Também Dicionário de Baianês completa 21 anos e ganha edição revista Data de estreia de filmes nos cinemas brasileiros é alterada

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