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LITERATURA

Escritores baianos que você precisa acompanhar nas redes sociais

Faça da leitura uma atividade diária e um universo de possibilidades se abrirá na sua vida

Redação iBahia • 25/01/2021 às 9:28 • Atualizada em 26/08/2022 às 22:15 - há XX semanas

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Quer começar o ano investindo em novos hábitos? Faça da leitura uma atividade diária, duas ou três páginas por dia, e um universo de possibilidades se abrirá na sua vida. Separamos cinco escritores baianos que você precisa acompanhar nas redes sociais e nas livrarias. Esta é uma das matérias que compõe o especial 'Brilho Baiano', onde o portal iBahia lista novos talentos de diversas áreas: música, empreendedorismo, artes cênicas, ciências, audiovisual, literatura e artes plásticas. Vem conhecer o que a Bahia tem de bom para oferecer:

Dayane Tosta, Edgard Abbehusen, Ivan Santos, Vanessa Brunt e Saulo Dourado | Fotos: Arquivo Pessoal

Escritora, poeta e professora, Dayane Tosta, de 29 anos, é um grande exemplo de que o dom para escrita chama os seus. "Eu sempre achei que precisava me estabelecer na vida profissionalmente falando para depois me dedicar a escrita. E a escrita chegou como algo irrecusável, em uma noite de insônia eu decidi que ia reunir minhas poesias e publicar um livro", relata Dayana, que lançou o livro 'Nua e outros poemas', em 2019, e já tem um segundo livro prestes a ser lançado.

Foto: arquivo pessoal
Dayane Tosta também escreve para o portal Soteroprosa e para revista Mormaço, participa de sarais independentes, como "Corpo que Queima", e oferece curso de escrita criativa. "Acho que os sarais independentes ajudam muito o escritor a se desenvolver, trocar experiências e a aprender".

Ao iBahia, ela reforça que a escrita é muito vinculada a leitura e que escritoras como Rupi Kaur, Ryane Leão, Conceição Evaristo e Maya Angelou são suas inspirações literárias. Além disso, Dayane pontua que a periferia baiana reverbera de forma muito representativa na sua vida. "A vivência periférica, a minha experiência com os movimentos negros e movimentos sociais de um modo geral comunicam muito comigo e me faz ter repertório de escrita".



Edgard Abbehusen, 32 anos, começou a investir profissionalmente na escrita após a realização de um trabalho acadêmico em 2016, época em que cursava jornalismo na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. O escritor de Muritiba criou um perfil no Instagram para compartilhar textos sobre variadas temáticas e hoje já tem um milhão de seguidores.

Além dos conteúdos no Instagram, ele já lançou três livros (Quem Tem Como Me Amar Não me Perde em Nada; O Que Tiver de ser, amar; e Acredite Na Sua Capacidade de Superar) e participou de vários eventos literários, como a Flica, Fligê e a Bienal do Livro no Rio.

Foto: arquivo pessoal

Ao ser questionado sobre suas inspirações na escrita, Edgard afirmou que se apega às vivências e tem como referências Jorge Amado e Fernando Pessoa. "Sempre fui muito de observar o que acontece a minha volta, de escutar o outro e transformar tudo isso em texto", acrescentou o escritor, cujo trabalho segue uma linha de contos, crônicas e prosa poética.

Sobre um trabalho marcante, Edgard lembrou um texto falando sobre a importância da lealdade, que foi repostado pelo ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, antes de deixar o cargo e causou o maior reboliço na mídia. "O texto foi considerado uma indireta para Bolsonaro e foi parar no Jornal Nacional, na GloboNews, na Folha de São Paulo, no O Globo. Foi uma repercussão muito forte para mim e para o meu trabalho. Eu parei e pensei 'nossa, pode chegar a todo lugar'", relembrou.

Escritor, ator e comediante, Ivan Santos, de 40 anos, garante que a prática da leitura e da escrita estão presentes em todas as atividades da sua vida. "Estou sempre produzindo contos, textos para teatro, audiovisual ou só com as piadas para meus shows de comédia", conta Ivan, que lançou seu primeiro livro, "A Lenda do Cangaceiro Sem Cabeça", em 2014.

Foto: arquivo pessoal
Para Ivan, a escrita surgiu como um reflexo de tudo que ele consumia de arte desde a infância. "Sou um consumidor voraz de cultura pop e sempre busco inspiração no cinema, na música, em revista em quadrinhos, desenho animado e em escritores, como Ariano Suassuna, Dias Gomes, Douglas Adams e Charles Bukowski. Quando estou em um momento de sufoco eu penso 'o que eles fariam no meu lugar?'", relata.

Sobre o seu livro, Ivan Santos conta que a obra é uma homenagem ao folclore baiano. "Uma história que se passa na Chapa Diamantina, que é uma região que vivi boa parte da minha vida e meio que ajudou a formar minha personalidade". Na entrevista, ele ainda explica que, apesar dos desafios da carreira, é gratificante o contato com os leitores, quando eles comentam sobre o trabalho e os personagens que mais gostam.

Vanessa Brunt, de 25 anos, é a prova de que é possível transformar até mesmo a dor em algo positivo. Após uma desilusão amorosa na adolescência, ela criou um blog para compartilhar textos, frases e poemas sobre variados assuntos. Com o tempo, começou a ser referência nas questões de prova do colégio em que estudava e a participar de concursos literários. A escritora de Salvador, que também é jornalista, já lançou nove livros e é CEO do site Não Óbvio.

Na entrevista, Vanessa reforçou que a escrita sempre fez parte da sua vida e que valoriza cada acontecimento da sua carreira, desde os momentos de recitar poesia em um barzinho com os amigos até os grandes eventos literários. "Eu sempre usei a escrita como forma de desabafo, de tentar entender o mundo ao redor", acrescenta a escritora, que também faz conteúdos para as redes sociais e já ministrou palestras e oficinas de escrita criativa.

Foto: arquivo pessoal

Para manter a inspiração "correndo" solta, Vanessa revelou que gosta de assistir muitos filmes, séries, de ler escritoras contemporâneas (como Aline Bei) falando sobre os mais variados assuntos e que acompanha letras de músicas. "Eu leio e ouço mulheres, na música, na literatura, na composição e isso me inspira bastante".

A escritora ainda contou que de uma forma ou de outra sempre traz a Bahia para seus trabalhos. "Um dos meus últimos livros, o 'Ir também é ficar', eu reuni apenas autores baianos com contos que se passam na Bahia ou tem alguma conexão com o estado". A obra traz reflexões sobre aspectos dos relacionamentos humanos atuais.

Saulo Dourado, de 31 anos, teve sua carreira literária legitimada muito cedo. Aos 14 anos, o escritor e professor de filosofia de Irecê (BA) ganhou o concurso "Ferreira de Castro", em Portugal. Sobre outros marcos profissionais, Saulo relembra o período em que foi colunista do A Tardinha, a participação na 9° edição da Flica e o seu livro "Amar É Uma Conexão Discada" sendo distribuído pelo MEC por escolas públicas de todo país após ser adotado pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

Foto: arquivo pessoal
Ao portal, Saulo conta que gosta de escrever sobre os mais variados assuntos, pois ver na escrita a possibilidade de desenvolver diversos papéis. "Uma crônica infanto-juvenil, um poema, textos de introdução a filosofia. Os temas são uma roleta, mas o favorito são histórias um tanto fantásticas, com grandes coincidências e conexões", exemplifica o escritor, que assumiu consumir representantes do realismo fantástico, como Gabriel Garcia Marques e Jorge Luís Borges.

Além disso, ele afirmou ter um grande interesse pela cultura baiana como matéria de criação - tanto que a obra que mais o marcou foi o romance histórico "O Borbulhar do Gênio", que aborda a relação real entre Rui Barbosa e Castro Alves, e precisou de três anos de pesquisa. "O que mais gosto na escrita é a criação, conhecer um universo completamente novo, de me espantar e querer causar esse espanto em outras pessoas", acrescenta.

Dica dos especialistas para quem pretende investir na escrita

1- Leia bastante. Busque boas referências de diferentes estilos de escrita;

2- Tenha contato com outros autores. Interaja, siga nas redes sociais e veja o que eles têm a oferecer;

3- Participe de concursos literários e esteja presente em eventos do meio para fazer networking e mostrar o seu trabalho;

4- Esteja preparado (a) para ser um "camelô de si mesmo", fazer um pouco de tudo da criação a promoção das suas obras;

5- Tenha as redes sociais como grandes aliadas - seja para afunilar a relação com os leitores e até para medir o alcance do seu trabalho.

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