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Rio de Janeiro

Lázaro Ramos, Aldri Anunciação e Itamar Vieira: os baianos na Bienal

Escritores participaram de encontros literários na 40ª edição especial da feira literária em terras cariocas

Danutta Rodrigues • 02/09/2023 às 20:39 - há XX semanas

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					Lázaro Ramos, Aldri Anunciação e Itamar Vieira: os baianos na Bienal
Foto: Filmart/Divulgação

Em todo lugar tem um pouco de Bahia. E não foi diferente na Bienal do Livro do Rio de Janeiro. A edição especial dos 40 anos da feira literária reuniu, coincidentemente, três grandes autores baianos no mesmo dia da programação: Aldri Anunciação, Itamar Vieira Jr. e Lázaro Ramos. Contadores de histórias, novos centros e muitas vozes foram as temáticas abordadas nos encontros deste sábado (2).

O palco da Palavra-chave, espaço situado no pavilhão azul do Riocentro, onde acontece a Bienal do Rio de Janeiro, recebeu o ator, diretor, escritor & Showrunner na AMZ, Lázaro Ramos. Acompanhado do autor e roteirista Neal Shusterman, e das afrofuturas Pétala Souza e Iza Souza, o soteropolitano falou sobre a nova produção literária voltada para adolescentes, e baseada na vida do próprio escritor, "Você não é invisível".

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					Lázaro Ramos, Aldri Anunciação e Itamar Vieira: os baianos na Bienal
Foto: Filmart/Divulgação

“É um livro escrito em vários formatos...Tuítes, lives, playlists musicais...porque eu estava tentando mapear como o jovem de hoje vai construindo sua identidade com métodos de comunicação. Vocês ouvem uma música enquanto estudam e assistem uma série. Essa geração foi cozida desse jeito. Meus filhos fazem isso. Às vezes eu acho que eles não estão prestando atenção, mas eles estão, de verdade”, disse.

“A provocação é colocar a playlist pra tocar enquanto ler os capítulos. Eu não consigo. Eu sou mono, vocês são stereo. Essa intimidade, essa maneira de se comunicar me ajudou muito como pai, para entender a comunicação com os meus filhos”, completou.

Com muito bom humor, Lázaro falou sobre o processo de escrita, a relação com a literatura e o amor pelos livros. “Eu achava ler chato...e perdi muito tempo da minha vida afastado da literatura. Me tornei leitor aos 17 anos, quando eu decidi o que ia comprar. A minha experiência com a leitura é muito tardia. Eu nunca me sinto só porque eu sempre tenho um livro como companhia. O livro é um complemento a viver”, disse.

Café com Aldri Anunciação e Itamar Vieira Jr.


				
					Lázaro Ramos, Aldri Anunciação e Itamar Vieira: os baianos na Bienal
Foto: Danutta Rodrigues/iBahia

Já no pavilhão verde, outros dois soteropolitanos se encontraram no espaço Café Literário da Bienal do Rio de Janeiro. O ator, roteirista e apresentador de TV, Aldri Anunciação, e o escritor Itamar Vieira Jr. estiveram acompanhados da também escritora Micheliny Verunschk e da jornalista Manya Millen. Com a temática "Novos centros, muitas vozes", os baianos falaram sobre a literatura contemporânea e as diferentes formas de pensar, se relacionar com o mundo e entender suas raízes.

Entre trocas literárias no palco e com o público, os escritores protagonizaram um momento especial durante o encontro. Eles compartilharam as experiências literárias marcantes na infância e que determinaram a paixão pela leitura, que inspira e motiva tantos leitores.


				
					Lázaro Ramos, Aldri Anunciação e Itamar Vieira: os baianos na Bienal
Foto: Danutta Rodrigues/iBahia

"A minha leitura mais marcante foi Capitães de Areia, de Jorge Amado. Ele era meu vizinho, e aí eu fui na porta de Jorge Amado. Eu tinha 10 anos. E aí eu perguntei onde que eu encontrava aqueles personagens. Ele não me disse que era ficção. Ele apenas me deu um telefone de uma atriz, mas não disse que era atriz, e disse: ‘ela vai te explicar onde eles estão’. E essa mulher me encaminhou para o teatro. Eu só fui descobrir a realidade depois de um tempinho", contou Aldri Anunciação.

"A minha foi na infância também, uma experiência um tanto ingênua. Foi quando eu li o caso da borboleta de Ana Lúcia. Eu tinha 7 anos e fiquei tão emocionado. Minha casa tinha um quintal e ficava pensando ‘como eles passavam aqui por mim e eu não via que eles tinham essa vida tão rica?’. Esse foi o primeiro livro que li e me deu vontade de escrever uma história. Fiquei maravilhado. Foi esse o livro que me despertou. A literatura faz a gente acreditar em coisas impossíveis. Quer coisa melhor do que isso? Ela nos tira desse lugar e leva para um outro mundo", concluiu Itamar Vieira Jr..

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