"Vamos driblar quem põe a venda e não quer tirar?" A frase que aparece na introdução do livro 'Num Tronco de Iroko Vi a Iúna Cantar' (Peirópolis) resume bem a proposta da obra. Escrita por Érika Balbino, a publicação é repleta de ilustrações do grafiteiro Alexandre Keto e tenta aproximar o público infantil da capoeira e das religiões de matriz africana. A aposta é levar o conhecimento com o intuito de evitar o preconceito. O livro conta a história dos irmãos Cosme, Damião e do pequeno Doum, que encontram um menino chamado Pererê e, com ele, descobrem os segredos da arte da capoeira. Ao lado da índia Potyra, Vovô Joaquim e outros seres da cultura cabocla, negra e indígena, os protagonistas vão ao encontro do grande guerreiro Guaraní, ou Ogum Rompe-Mata, capaz de lutar contra Ariokô e todos os que fizeram a Mãe-Terra sofrer com o desmatamento.
Veja também: O Teatro Mágico se apresenta novamente no 'Rock Concha' Dramas amorosos e familiares são tema de peça em cartaz no Gamboa Nova Inédito em Salvador, espetáculo de dança 'Cidade em Plano' chega ao Vila Velha Dono de capítulos curtos, linguagem direta e rico em metáforas, 'Num Tronco de Iroko Vi a Iúna Cantar' não é apenas uma diversão para as crianças, mas antes de tudo, constitui-se como uma forma de compreender a cultura e a identidade brasileiras e, consequentemente, compreender a si mesmo. A obra traz como diferencial um CD com a versão áudiolivro da obra, além de um glossário com vários termos de origem africana e indígena, como 'Licuri', 'Ogã' e 'Iroko' - árvore tida como um orixá. O prefácio é assinado por Dennis de Oliveira, professor de jornalismo da Universidade de São Paulo.
Veja depoimento da autora: [youtube XrU18SPS-fM] [youtube eShcaeRdwPM]
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Num Tronco de Iroko Vi a Iúna Cantar Autora: Érika Balbino Ilustrador: Alexandre Keto Páginas: 80 Editora: Peirópolis Preço: R$ 49
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