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LITERATURA

Mesa sobre solidão e perda encerra penúltimo dia da Flica

Carola Saavedra e Leticia Wierzchowski também falaram sobre a importância da literatura na educação afetiva

• 27/10/2013 às 9:58 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:16 - há XX semanas

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Carola Saavedra e Leticia Wierzchowski na mesa sobre afeto, solidão e amor
"O amor está em todos os lugares. Vivenciá-lo é raro, difícil e custa. Nem todo mundo ama, é um aprendizado. É difícil, é preciso olhar um para o outro". Esta foi uma das declarações de Carola Saavedra, no último sábado (26), na Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). Composta também pela romancista Leticia Wierzchowski, a mesa 'Afestos e Ausências' versou sobre temas como o amor, a dor da ausência e o desejo pelo isolamento. Para Carola, amor e ausência de sentimento caminham juntos. "Tanto o amor quanto a ausência do amor são os lados da mesma moeda. Faz parte da impossibilidade do amor no dia-a-dia, da rotina", defende. Ainda sobre amor e ausência, a autora contou a história do falecimento da própria avó e de como lidou com a morte. "Quando isso aconteceu, eu morava na Alemanha e peguei o primeiro avião para o Brasil. Quando cheguei, ela já tinha sido enterrada. Então para mim ela não havia morrido, porque não vivenciei aquele ritual". Veja também: Reflexão no mundo contemporâneo é debatida por autores na Flica Chilena de nascimento, Carola é tida pela revista inglesa 'Granta' como um dos 20 melhores jovens escritores brasileiros da atualidade. Sobre a literatura, a autora disse: "A vida de um escritor é dividida em dois momentos: a escrita e a divulgação. É cansativo, mas você aprende muito, é uma oportunidade para falar com os leitores". Perguntada sobre seu processo criativo, Leticia contou que não existe uma regra para criar histórias. "Acho que a dificuldade de escrever valoriza a obra. Mas existem histórias que nascem com uma facilidade abençoada, entramos naquele mundo de cabeça", analisa. Natural de Porto Alegre, Leticia é também roteirista, tendo trabalhado no roteiro do filme 'O Tempo e o Vento', adaptação para o cinema da obra de Erico Verissimo. No quesito afeto, Carola defende que a literatura é capaz de educar e refinar os sentimentos. "A literatura tem uma empatia e exige a empatia do leitor, a capacidade de se colocar no lugar do outro. E para isso é preciso uma coragem enorme". Dona de opinião semelhante, Leticia ainda finaliza: "A literatura está intimamente ligada ao afeto". A programação da Flica termina neste domingo (27), às 10h, com a mesa 'NDongo, Ngola, Angola, Bahia', composta por Pepetela e Makota Valdina. Clique aqui e confira a programação completa.

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