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LITERATURA

"O pornô afasta o parceiro um do outro", diz Sylvia Day na Flica

Composta por Day e pela brasileira Állex Leilla, mesa sobre sexo e erotismo é destaque no terceiro dia do evento

• 26/10/2013 às 8:19 • Atualizada em 29/08/2022 às 5:31 - há XX semanas

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Állex Leilla e Sylvia Day falam sobre sexo na mesa mediada por Jorge Portugal
A presença do sexo na literatura foi o tema central da mesa 'Entre Flores e Espartilhos', que encerrou o terceiro dia da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), nesta sexta-feira (25). Com mediação de Jorge Portugal, a norte-americana Sylvia Day e a brasileira Állex Leilla falaram sobre o tema e responderam a perguntas para lá de picantes. Perguntada se é necessário ter uma vida sexual bem-sucedida para escrever sobre sexo, Sylvia foi categórica na afirmação: "Você já viu alguém que nunca 'gozou' escrever sobre sexo? Não adianta apenas ouvir sobre orgasmo. É preciso viver isso. Ter uma vida sexual bem-sucedida é fundamental para escrever sobre o que escrevo", acredita a autora da trilogia 'Crossfire'. Veja também: Fila e gritos histéricos recebem escritora americana na Flica As autoras também foram questionadas com relação aos limites entre o erótico e o pornográfico. "O erótico geralmente sugere alguma coisa, o leitor acaba sendo um coautor, ele participa da obra. No erótico, o sexo vem em camadas", opina Állex Leilla, autora de romances como 'Primavera dos Ossos'. Sylvia vai ainda mais além na opinião, afirmando que pornografia não é literatura: "O pornô é diferente porque não tem uma história, um enredo. A literatura erótica, por outro lado, tem história do início ao fim. Existe romance, com interação sexual. Já o excesso de pornografia faz a pessoa desconectar-se do parceiro". A quantidade cada vez maior de livros com temática erótica também foi questionada. Na opinião de Állex, o sexo não é nenhuma novidade na literatura. "O tema é antigo. É tão antigo quanto literatura sobre amor", avalia. Com milhões de livros vendidos, Sylvia Day admite a influência daquilo que escreve sobre o comportamento sexual dos leitores. "Não é minha intenção, mas acontece. Eles falam que tentaram algo diferente. Não escrevo um manual de sexo, mas uma história de amor de duas pessoas que têm dificuldade para se comunicar verbalmente e fazem isso pelo ato sexual", diz. A programação da Flica continua neste sábado (26), a partir das 10h, com a mesa 'Donos da Terra? - Os Neoíndios, Velhos Bons Selvagens', composta por Demétrio Magnoli e Maria Hilda Baqueiro Paraíso. Clique aqui e confira a programação completa.

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