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MODA E BELEZA

Acusada de plágio, grife Farm reconhece erro e recolhe colar

Segundo designer, a peça original é feita com ouro e custa R$ 3.635, enquanto o material da cópia da Farm é latão e vendida por R$69

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08/08/2014 às 16:42 • Atualizada em 01/09/2022 às 17:05 - há XX semanas
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Era uma vez um lindo colar com design inovador que estampava vitrines e o site de uma conhecida rede de lojas de roupas e acessórios do Rio. Olhando com um pouco mais de atenção, no entanto, percebe-se que há pouca inovação: seu desenho é igual a um colar lançado quase quatro anos antes, na mesma cidade. A rede de lojas Farm e o designer de joias Willian Farias são os protagonistas da mais nova polêmica entre o que é referência e o que é cópia no mundo da moda. Em notificação extrajudicial enviada em 24 de julho, Willian Farias acusa a Farm de plágio por se apropriar do design de seu colar Trapézio 3D. E pede a retirada do item das lojas e indenização pela dano à imagem. Na Farm, a peça se chama colar cubo e é vendida a R$ 69. Na multimarcas Dona Coisa, o colar de Willian Farias fabricado com ouro amarelo sai a R$ 3.635. "Uma amiga me ligou perguntando se eu tinha feito uma parceria com a Farm, já que viu um colar igual ao meu na loja. E eu sabia que a fundadora da Farm, Katia Ferreira de Barros, tinha comprado um colar Trapézio 3D em 2011 da Dona Coisa", conta o designer.
Farias comprou uma peça na Farm e afirma que a única diferença é o material: enquanto o dele é feito com ouro, o material do outro é latão. "É a mesma espessura do fio, o mesmo tipo de corrente, o mesmo tamanho. Sou um criador e quero que meu trabalho seja respeitado" completa Farias, que está disposto a ir à Justiça. Para o sócio do escritório de advocacia Dannemann Siemsen Alvaro Loureiro Oliveira, que representa o designer no caso, o colar é uma reprodução: "Há uma distância entre seguir uma tendência e copiar. Neste caso, não há o que discutir, a peça é igual." Até a noite de quarta-feira, a Farm não tinha respondido à notificação extrajudicial. Procurada pelo GLOBO, a loja se desculpou: “A Farm reconhece seu erro de cópia que, em função de seu enorme volume de produtos, não conseguiu garantir que o colar fosse apenas uma inspiração. A marca pede desculpas ao designer e em respeito ao seu trabalho solicitou prontamente o recolhimento do produto” disse a empresa, em nota. No fim da tarde, a peça já tinha sido retirada do site da Farm. "Mesmo com a profissionalização do mercado da moda, as cópias ainda são uma prática comum" explica o coordenador do curso de Moda da Faap, Ivan Bismara. Veja também:Tatuagens metalizadas que parecem joias são hit do Verão europeuDe cabelos verdes, Rihanna posa para campanha de cosméticosSócia do escritório TozziniFreire Advogados, Andreia de Andrade Gomes sugere que os autores registrem suas criações como primeiro passo para evitar o plágio. O registro de marca é feito no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). Há ainda o registro o de direito de autor. No caso de joias, este é feito pela Escola Nacional de Belas Artes.Matéria Original Correio 24h:Acusada de plágio, grife Farm reconhece erro e recolhe colar de lojas

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