Pelo menos uma dezena de pessoas morreram neste domingo após um confronto entre Ultras do Zamalek e a polícia do Egito, em jogo da liga nacional. As informações sobre o número ainda são conflitantes, mas a torcida organizada White Knights afirma que perdeu 22 membros.
"Eles morreram de asfixia pela confusão após as bombas de gás lacrimogêneo”, disse uma fonte médica no hospital de Cairo, que afirmou haver 14 mortes.
A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os Ultras na frente do estádio Air Defence, um local de propriedade do exército, poucas horas antes do duelo entre o Zamalek e o ENPPI.
O Ministério do Interior egípcio disse que os confrontos ocorreram após o grupo White Knights tentar assistir ao jogo sem comprar ingressos. A liga proíbe grandes multidões em partidas desde 2012, quando uma tragédia em Port Said deixou mais de 70 mortos, após confusão envolvendo torcedores do Al-Ahly.
"Os torcedores do Zamalek tentaram entrar à força e nós tivemos que impedi-los de danificar propriedade pública", disse o ministério em um comunicado.
Segundo os Ultras, eles teriam sido alvos de bombas de efeito moral e obrigados a entrar em um corredor de "cerca de metal minúsculo com arame farpado no único portão."
Apenas 10.000 torcedores foram autorizados a assistir o jogo contra o ENPPI, com 5.000 bilhetes para venda ao público e os outros distribuídos pelo próprio clube.
"Vocês não entendem nada. Você não tem permissão para entrar pela força. Ninguém vai ser autorizado a assistir ao jogo sem ingresso", disse um dirigente do Zamalek, Ahmed Mansour, filho do presidente franco Mortada Mansour, pelas redes sociais.
"O futebol é só para os fãs respeitosos. Bandidos não são permitidos aqui", acrescentou.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade