Uma escola na Inglaterra decidiu adotar uniformes neutros para evitar discriminação de gênero. O colégio Priory resolveu abolir as vestimentas diferenciadas para alunos e alunas e, a partir de agora, ambos usarão o mesmo uniforme composto de calça e camisa. Antes, as meninas usavam saias.
"Os alunos vinham perguntando por que os meninos tinham que usar gravata e as meninas não, e por que meninos e meninas têm diferentes uniformes. Por isso, decidimos que todos terão o mesmo uniforme. Outro assunto é que temos um pequeno, mas crescente número de alunos transgêneros e usar o mesmo uniforme é importante para eles" afirmou o diretor do colégio, Tony Smith, a um jornal local.
A decisão foi celebrada por organizações de defesa dos transgêneros no Reino Unido. A "Mermaid UK", uma dessas entidades, afirmou que a inicitiva é muito importante para reduzir o sofrimento desses alunos.
"Comemoramos qualquer iniciativa dos colégios que reconheça que as crianças estão cada vez mais revelando variações de gênero. Instaurar uniformes de gênero neutro é uma das muitas medidas que as escolas podem adotar para ajudar os alunos que sofrem por seu gênero", afirmou Susie Green, responsável pela instituição, a um jornal local.
Segundo ela, ainda que haja poucos alunos transgêneros nas instituições, essa mudança deve ser colocada em prática:
"Os colégios devem tomar uma postura clara e abraçar a diversidade, não importa quão pequeno seja o número de pessoas afetadas."
Em junho de 2016, cerca de 80 instituições de ensino do Reino Unido começaram a reavaliar seus uniformes para evitar discriminação de gênero. A medida faz parte de uma política de estado para que as escolas sejam mais receptivas a crianças que questionam sua identidade de gênero. A partir da revisão desses parâmetros, colégios passaram a permitir que meninos usem saias e meninas usem calça.
Allens Croft School, em Birmingham, foi apontada como a primeira instituição a implementar a política de uniforme de gênero neutro. Já a Brighton College deu o primeiro passo permitindo que alunos escolhessem duas opções de uniforme independentemente de serem do sexo feminino ou masculino.
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Redação iBahia
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