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Estado Islâmico degola quatro acusados de serem gays

Movimento extremista já executou ativistas, intelectuais e membros das Forças Armadas e da polícia

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09/03/2015 às 9:29 • Atualizada em 27/08/2022 às 4:35 - há XX semanas
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O movimento extremista Estado Islâmico degolou hoje (9) em público quatro jovens, que acusou de serem homossexuais, na cidade iraquiana de Mossul, controlada pelos jihadistas desde o verão passado. Um funcionário da administração local Mohamed Fares disse que os combatentes da organização convocaram os habitantes do bairro Al Rashidia, no norte de Mossul, para assistir à execução dos quatro jovens, com idades entre 20 e 30 anos. A homossexualidade é proibida no mundo islâmico. Na maioria dos países islâmicos é um delito punido com prisão e na Arábia Saudita, Sudão e Iêmen pode ser aplicada a pena de morte. De acordo com Fares, o juiz designado pelo Estado Islâmico, identificado como Taha Husein, pronunciou a sentença dada pelo "tribunal legítimo" do grupo fundamentalista. Os quatro homens foram executados por integrantes do movimento que, ao mesmo tempo, rezavam e gritavam "Allahu Akbar" ('Deus é grande'), o que levou os presentes a abandonar imediatamente o local. No dia 6 de janeiro, o Estado Islâmico assassinou quatro jovens, que acusou de serem homossexuais, com idade entre 18 e 26 anos, atirando-os do terraço da sede da companhia de seguros iraquiana, em frente ao edifício da administração de Mossul. O movimento terrorista já executou milhares de pessoas, incluindo antigos candidatos a deputado, ativistas, intelectuais e membros das Forças Armadas e da polícia. Em 10 de junho do ano passado, o Estado Islâmico ocupou Mossul, a segunda cidade mais importante do Iraque, e rapidamente estendeu o controle a áreas do Norte do país, o que levou milhares de pessoas a fugir de suas casas. Pouco depois, o movimento proclamou a existência de um califado nos territórios que controla no Iraque e na vizinha Síria e impôs uma interpretação retrógrada da Lei Islâmica.

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