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Estados Unidos não estão curados do racismo, afirma Obama

O autor confesso do ataque, um jovem branco de 21 anos, identificado como Dylann Roof, matou nove pessoas aparentemente por motivos raciais

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23/06/2015 às 23:10 • Atualizada em 27/08/2022 às 10:35 - há XX semanas
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu sobre a sombra da segregação que ainda paira sobre a sociedade norte-americana. Em entrevista divulgada na segunda (22), ele disse que o país ainda não conseguiu superar a questão do racismo. “Não estamos curados do racismo”, afirmou Obama, em entrevista ao programa de rádio WTF with Marc Maron, transmitida hoje, dias depois do ataque a tiros a uma igreja frequentada por uma comunidade negra em Charleston, no estado da Carolina do Sul. O autor confesso do ataque, um jovem branco de 21 anos, identificado como Dylann Roof, matou nove pessoas aparentemente por motivos raciais. “Não é só uma questão de não dizer a palavra ‘negro’ em público porque é falta de educação. Não é isso que determina se existe ou não racismo”, disse Obama. “Não é só uma questão de discriminação patente. As sociedades não apagam por completo, de um dia para o outro, o que se passou 200 ou 300 anos antes. O legado da escravatura e a discriminação em quase todas as instituições das nossas vidas têm impacto duradouro e continuam a fazer parte do nosso DNA”, acrescentou o presidente.
Tal como afirmou nas primeiras declarações públicas após o tiroteio em Charleston, Obama voltou a insistir, na entrevista ao comediante Marc Maron, que é possível atuar sobre essas matérias, defendendo medidas “de bom senso” para o controle das armas nos Estados Unidos, para que tragédias deste tipo sejam “menos prováveis”. Detido horas depois do ataque, na quarta-feira (17) à noite, Dylann Roof foi formalmente acusado de nove crimes de homicídio e pode ser condenado à pena de morte. Ele confessou a autoria do crime, que aparentemente cometeu para iniciar uma “guerra racial”.
No tiroteio, morreram nove pessoas: três homens e seis mulheres. Entre as vítimas estava o pastor Clementa Pinckney, uma figura importante da comunidade negra local e representante democrata no Senado do estado.

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