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Graffiteiro baiano leva arte das ruas para Igreja na Suécia

Reconhecido e aclamado no universo da street art (arte urbana), o baiano Limpo Rocha agora faz sucesso também por suas obras em espaço religioso

• 09/04/2012 às 15:50 • Atualizada em 31/08/2022 às 21:36 - há XX semanas

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Limpo está radiante com a boa repercussão do seu trabalho na Suécia
Quando Fábio Rocha, graffiteiro soteropolitano de 31 anos, conhecido como Limpo, saiu de Salvador para morar na Suécia nem imaginava que um dia sua arte faria parte da decoração de uma igreja no país que lhe acolheu. O que parecia impossível se tornou realidade quando ele recebeu um convite especial: Limpo teria que ilustrar cenas da última semana de vida de Jesus Cristo em quadros que seriam colocados no altar do templo protestante da cidade de kävlinge, na Suécia. Convite feito, convite aceito. Limpo começou o trabalho no dia 22 de março e em 2 de abril as telas já estavam prontas. Reconhecido e aclamado no universo da street art (arte urbana), o baiano agora faz sucesso também por suas obras em espaço religioso. Impossível não relacionar às esculturas de Aleijadinho (1738 - 1814), que ficou conhecido pelo seu trabalho no interior de igrejas, principalmente em Minas Gerais. Apesar de bastante distintas - uma com traços barrocos e a outra extremamente contemporânea - as obras dos dois artistas encantam. Recentemente ele também concluiu um trabalho nas paredes internas de uma torre em um castelo na França.
"(...) o repórter (daqui) nunca tinha ouvido falar em graffiti dentro de igreja"
A novidade agradou não só os fieis da igreja, como também a mídia e o público sueco. "Para eles foi uma coisa nova, mas todos acham o trabalho lindo e gostam muito. Concedi uma entrevista para o jornal mais conhecido daqui e o repórter nunca tinha ouvido falar em graffiti dentro de igreja", contou o artista em conversa com o Portal iBahia. As telas chamaram tanto a atenção, que os principais jornais do país fizeram matérias sobre como o graffiti, que nasceu nas ruas, passou a ocupar lugar de destaque dentro de um templo protestante. Feliz com a boa repercussão do seu trabalho, Limpo, entre uma entrevista e outra, já recebeu contato de outras igrejas interessadas em comprar suas telas. Veja mais: De Salvador para o mundo: Limpo e a arte do graffiti Atualmente, Limpo está em processo de finalização da capa de uma biografia chamada Jag vill bara dansa, da escritora sueca Lotten Säfström. Em Junho, ele promove um curso de formação de graffiteiros, com duração de seis semanas, em parceria com o governo local. Depois disso ele segue para Portugal, onde exibe alguns de seus mais recentes trabalhos. "Pretendo voltar ao Brasil no final de dezembro, onde vou misturar trabalho e descanso", confessa. Com exclusividade, Limpo revelou ainda que começou a escrever sua biografia, que pretende lançar no final de 2013 na Suécia. Certamente, esse baiano tem muitas histórias interessantes e até mesmo emocionantes para contar. Ele, que começou a produzir arte aos oito anos, explica que sua inspiração vem do cotidiano sofrido de crianças e famílias nordestinas: "O graffiti me dá a oportunidade de retratar o dia a dia do meu povo, mostrar a aflição e fazer com que outras pessoas reflitam sobre o assunto". E mesmo de longe, muito longe, Limpo não esquece, nem por um minuto de suas raízes. Veja galeria de fotos com trabalhos de Limpo:

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