De acordo com relatório divulgado pela Perkins Coie LLP nesta sexta-feira, o doutor Richard Strauss abusou de pelo menos 177 homens enquanto trabalhava na Universidade do Estado de Ohio (OSU, na sliga em inglês), nos Estados Unidos. O médico trabalhou na instituição entre 1978 e 1998.
O relatório foi financiado pela universidade, mas conduzido por uma equipe de investigadores independentes. Foram entrevistadas mais de 440 pessoas, incluindo alunos, ex-alunos, ex-funcionários, funcionários e membros da direção da faculdade. Destes relatos, 150 foram diretamente de homens que foram assediados por Strauss em sua época como servidor da Universidade do Estado de Ohio.
Strauss é acusado de dois tipos diferentes de abuso sexual: o cometido na relação entre médico paciente, e o feito com homens adultos. De acordo com dados coletados pela investigação, comumente pacientes não relatam importunação sexual devido ao sentimento de vergonha, receio de não serem acreditados e por não conseguirem definir se a violação de fato ocorreu.
A investigação descobriu que os assédios cometidos por Strauss já eram sabidos pela universidade desde 1979, mas que as reclamações e denúncias sobre sua conduta não foram apuradas até 1996. Em janeiro deste ano, ele foi afastado de seu cargo como médicio assistente após um aluno acusar Strauss de acariciá-lo durante um exame genital.
No entanto, seu status como membro permanente do conselho de professores da faculdade permaneceu intacto. Neste mesmo ano, Strauss abriu uma "clínica para homens" fora do campo e continuou abusando de pacientes lá, inclusive estudantes que iam se consultar por recomendação da OSU.
Em 1998, Strauss se distanciou voluntariamente da universidade. Ele iria receber o título de professor emérito, o qual foi vedado pelo reitor mesmo após aprovado pelo conselho da universidade. Em 2005, Strauss se suicidou.
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Redação iBahia
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