Um grupo de 48 peregrinos iranianos foi sequestrado ontem (4) enquanto visitava um santuário na região de Damasco, capital da Síria. As vítimas, todas xiitas, estavam em um ônibus que se dirigia ao santuário no subúrbio de Sayyida Zainab. O Consulado do Irã na Síria e o governo sírio responsabilizaram os grupos armados pela ação. O governo iraniano rejeita sanções à Síria nas negociações da comunidade internacional. Todos os anos, milhares de iranianos peregrinam para Sayyida Zainab. Antes dos conflitos na Síria, cerca de 700 mil peregrinos iranianos iam todos os anos à Síria para visitar o túmulo de Zaynab, filha do imã Ali, um local de peregrinação xiita em Damasco. As autoridades sírias denominam os rebeldes como sendo “grupos terroristas”. A região foi palco de intensos combates nas últimas semanas. A emissora de televisão Al Arabiya divulgou hoje (5) imagens dos iranianos nas mãos dos sequestradores. Há informações que entre as vítimas esteja integrantes dos grupo chamado Guardas da Revolução do Irã. Nas imagens, um representante do Exército Sírio Livre (ESL), que é da oposição ao governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, mostrou o que disse ser a identidade militar e uma autorização de porte de arma de um dos iranianos apresentado como membro do Guardas da Revolução do Irã. Nos últimos meses, 32 iranianos, incluindo 22 peregrinos, sete engenheiros e três motoristas de camiões foram sequestrados por grupos armados na Síria. Do total, 27 foram libertados devido à intervenção da Turquia, que apoia a oposição síria.
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