Um novo resgate para a Grécia poderá incluir entre 10 e 25 bilhões de euros para o setor bancário grego, segundo um documento do Eurogrupo transmitido hoje (12) aos líderes da zona euro. O terceiro programa de ajuda solicitado pela Grécia poderá elevar o socorro para 86 bilhões de euros, segundo as necessidades financeiras estimadas pelo Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e pela Comissão Europeia. Deste valor, parte importante será destinada ao setor financeiro, num total estimado entre 10 a 25 bilhões de euros para fazer face à necessidade de recapitalizar os bancos gregos ou mesmo custos de eventuais falências. O sistema bancário grego, que já era frágil, piorou com o agravamento da situação no país, diante do impasse das negociações entre Atenas e os credores e a significativa saída de depósitos. Para impedir uma maior 'sangria', os bancos gregos estão fechados desde 28 de junho e os saques bancários estão limitados a 60 euros por dia. O dinheiro necessário para resgatar os bancos gregos, no âmbito de um terceiro resgate, também vai depender do tempo que levar para se chegar a um acordo. O documento cita a importância de uma decisão rápida. "O Eurogrupo está consciente de que uma decisão rápida sobre um novo programa é condição para permitir aos bancos reabrirem as portas", diz o documento que também menciona que a rapidez dessa decisão será fundamental para evitar que o financiamento total do novo resgate seja ainda mais alto do que os cerca de 80 bilhões de euros. Depois da reunião do Eurogrupo realizada entre ontem e hoje, o assunto Grécia passou para o nível de chefes de Estado e de Governo, reunidos neste momento em Bruxelas em uma cúpula extraordinária da zona euro.
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