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OMS: 1º ano de pandemia levou a excesso de mortes estimado em 4,5 mi

Relatório aponta impactos da covid-19 nos sistemas de saúde

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Agência Brasil

22/05/2022 às 23:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 13:50 - há XX semanas
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					OMS: 1º ano de pandemia levou a excesso de mortes estimado em 4,5 mi

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na sexta-feira (20) relatório com impactos do primeiro ano da pandemia de covid-19, que levou a um excesso de mortes estimado em 4,5 milhões. Os dados fazem parte do conjunto de Estatísticas Mundiais de Saúde referentes a 2020.

As estatísticas revelam até que ponto a pandemia vem afetando os sistemas de saúde em todo o mundo, em alguns casos, restringindo severamente o acesso a serviços essenciais. De acordo com o documento, essas interrupções provavelmente atrasarão o progresso global tanto na expectativa de vida quanto na expectativa de vida saudável nos primeiros 20 anos do século.

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A expectativa de vida global ao nascer aumentou de 66,8 anos em 2000 para 73,3 anos em 2019, enquanto a expectativa de vida saudável aumentou de 58,3 anos para 63,7 anos. Isso se deve, em grande parte, aos ganhos em saúde materno-infantil e aos grandes investimentos e melhorias em programas de doenças transmissíveis, como HIV, tuberculose e malária. No entanto, os dados de 2020 mostram que interrupções nos serviços contribuíram para o aumento de mortes por tuberculose e malária entre 2019 e 2020.

Segundo a OMS, antes da pandemia, também havia tendências mundiais que apontavam para a redução do atraso no crescimento infantil, do consumo de álcool e do uso de tabaco, além do no aumento do acesso à água potável gerenciada de forma segura, ao saneamento e a sistemas de esgoto gerenciados de forma segura, à higiene básica, a combustíveis limpos e a tecnologias para cozinhar.

Esses avanços foram parcialmente sustentados por uma duplicação dos gastos globais em saúde entre 2000 e 2019, atingindo 9,8% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Mas aproximadamente 80% desses gastos ocorreram em países de alta renda, sendo a maior parte (cerca de 70%) proveniente de orçamentos governamentais. Nos países de baixa renda, o pagamento do próprio bolso foi a principal fonte dos gastos com saúde (44%), seguido por ajuda externa (29%).

Pandemia
Embora a cobertura dos serviços tenha melhorado nos últimos 20 anos, os gastos em saúde pioraram. "Com a atual recessão econômica mundial e os sistemas de saúde lutando para continuar oferecendo serviços de saúde, a pandemia de covid-19 provavelmente interromperá o progresso feito na cobertura de serviços e piorará ainda mais a proteção financeira globalmente", avaliou a OMS.

Segundo a organização, o cenário ocorre porque algumas pessoas não conseguem acessar sistemas de saúde por não poderem pagar do próprio bolso. Além disso, entre os que procuram e obtêm serviços, há, atualmente, um risco maior de enfrentar dificuldades financeiras por causa dos gastos diretos com saúde do que antes da pandemia.

De acordo com o relatório, ao mesmo tempo, uma falha crônica em reconhecer o papel central da atenção primária à saúde e financiar adequadamente elementos-chave, como a força de trabalho em saúde, desacelerou a eficácia da resposta à covid-19 e desencadeou interrupções nos cuidados de rotina que ameaçam comprometer ainda mais a capacidade dos países de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para a saúde até 2030.

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