Dois anos após ser preso por matar o próprio filho, Wendell Melton compareceu à corte do estado de Nevada, nos Estados Unidos, na última quinta-feira. O homem sempre alegou que o disparo que terminou com a morte do filho foi acidental e ocorreu durante uma briga com o adolescente, mas a mãe de Giovanni e amigos próximos acusam o pai do jovem de homofobia. Em entrevista realizada na última semana, Veronica Melton reacendeu a repercussão do caso e apontou o preconceito como motivação para o crime.
Segundo Veronica, o filho contou para ela que era gay apenas dois meses antes de morrer. Ela disse que acredita que o adolescente compartilhou com o pai a mesma informação, o que teria motivado o crime.
— Meu ex-marido estava sempre tentando descobrir se meu filho era gay ou não, mas meu filho nunca dizia. Ele não conseguiria lidar com isso porque quando nós éramos casados ele fazia comentários muito depreciativos contra gays. Eu sei que ele era homofóbico — disse Veronica à emissora americana "KTNV".
Outra ex-companheira de Melton, Sonja Jones, reforçou o mesmo argumento. — Giovanni foi abusado mentalmente, fisicamente e espiritualmente, por muitos e muitos anos. Wendell odiava o fato do filho ser gay. Eu tenho certeza que na cabeça dele fazia mais sentido ter um filho morto do que um filho gay. Soube que ele descobriu que o filho tinha um namorado — disse Sonja por telefone à emissora "KSNV".
O crime aconteceu na cidade de Henderson, no estado americano de Nevada em novembro de 2017. Wendell Melton compareceu à corte pela primeira vez na semana passada para uma audiência. Ele ficou preso por quase dois anos após o crime e liberado para cumprir prisão domiciliar em agosto. Melton é esperado para uma nova audiência em fevereiro de 2020, mas a Justiça ainda não determinou quando ele será julgado.
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Redação iBahia
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