O papa Francisco pediu nesta quinta-feira (5) que os bispos nunca escondam os escândalos de pedofilia na Igreja. O pedido foi feito através de uma carta, na véspera da primeira reunião, no Vaticano, da comissão de peritos para a proteção de menores. " Não se pode dar prioridade a qualquer tipo de consideração, seja de que natureza for, como, por exemplo, a vontade de evitar o escândalo, porque não há qualquer lugar, no ministério da Igreja, para quem abusa de menores", disse o papa.
"Não se pode dar prioridade a qualquer tipo de consideração, seja de que natureza for, como, por exemplo, a vontade de evitar o escândalo, porque não há qualquer lugar, no ministério da Igreja, para quem abusa de menores", disse o papa, numa carta publicada na véspera da primeira reunião, no Vaticano, da comissão de peritos para a proteção de menores. Francisco pediu às instâncias locais para "reverem regularmente" os procedimentos para esses casos. Os procedimentos foram instaurados em 2011, depois de uma circular enviada durante o pontificado de Bento XVI. A Comissão Pontifícia de proteção de menores foi criada pelo papa em 2013 e, na publicação divulgada nesta quinta, o papa afirma que a ela deve funcionar como um "instrumento para ajudar a promover e pôr em prática as medidas necessárias para garantir a proteção de menores e adultos vulneráveis, e dar respostas de justiça e misericórdia", escreveu. Finalizada em dezembro, com oito novos membros oriundos da África, da América Latina e da Ásia, a comissão é presidida pelo cardeal norte-americano Sean O'Malley e conta com 17 membros, incluindo duas vítimas, o britânico Peter Saunders e a irlandesa Marie Collins. A comissão, cuja reunião começa na sexta-feira (6) e segue até domingo (8), vai começar por redigir os seus estatutos. A prevenção, a educação e a aplicação de boas práticas em toda a Igreja serão as áreas de atuação.
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