Uma planta usada na tradicional medicina chinesa é um fator de risco para o surgimento de câncer no trato urinário, afetando principalmente os rins, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (9) pela revista da Academia Americana de Ciências, a ”PNAS”. O gênero Aristolochia possui mais de 600 tipos de plantas -- como o papo-de-peru --, usadas há milênios para fins medicinais. Pesquisas mais recentes, porém, vêm mostrando que o ácido aristolóquico presente nestas plantas faz mal aos rins, quando o uso é prolongado. O estudo foi feito em Taiwan, país com a maior incidência deste tipo de câncer no mundo. A equipe liderada por Arthur Grollman, da Universidade de Stony Brook, nos EUA, encontrou uma clara relação entre o uso destas plantas e o surgimento do câncer. Os cientistas analisaram 151 pacientes taiwaneses com câncer no trato urinário. Em 83% dos casos, eles encontraram ácido aristolóquico ligado ao DNA das células dos rins. Este processo pode levar a mutações genéticas, o que pode desencadear um câncer. “Nós concluímos que a exposição ao ácido aristolóquico contribui significativamente com a incidência de câncer no trato urinário superior em Taiwan, uma descoberta com implicações significativas para a saúde pública global”, diz o artigo.
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