Em retaliação à admissão da Palestina na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), os Estados Unidos suspenderam o repasse para a entidade obrigando-a a anunciar o corte temporário de vários programas. A chefe da Unesco, Irina Bokova, disse ontem (10) que, sem a contribuição norte-americana, o déficit do órgão é cerca de US$ 65 milhões. Preocupada com as consequências do corte, Bokova foi categórica: "A Unesco está enfrentando uma situação difícil. É um teste para nossa organização". As informações são da Organização das Nações Unidas (ONU) à qual a Unesco é vinculada. Porém, para Bokova, a decisão do governo dos Estados Unidos estimula uma “onda sem precedentes" de apoio à Unesco por parte de indivíduos, associações e corporações privadas em todo o mundo. "Eu vejo essas manifestações de apoio como um claro reconhecimento do bem que a Unesco faz no mundo. São indicadores muito concretos de sucesso", disse. Segundo Bokova, os Estados Unidos são responsáveis pelo repasse de 22% do orçamento da Unesco. De acordo com ela, vários programas na área de educação serão prejudicados. Para evitar o agravamento da situação, Bokova disse que começou a ser feita uma revisão completa de todas as suas atividades programadas para novembro e dezembro. Paralelamente, Bokova reiterou o apelo à comunidade internacional, às instituições públicas, às fundações e aos cidadãos para que façam suas doações online. O governo do Gabão, por exemplo, anunciou doação no valor de US$ 2 milhões. No último dia 31, a Unesco aprovou a admissão da Palestina como membro permanente no órgão. A iniciativa, segundo analistas internacionais, representa o reconhecimento do Estado da Palestina independente e autônomo abrindo oportunidades para que mais entidades internacionais sigam o exemplo. O Brasil apoiou a decisão.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade