O homem que confessou ter matado o ex-premier japonês Shinzo Abe, Tersuya Yamagami, acusa a Igreja da Unificação, movimento criado pelo sul-coreano Revendo Moon. Segundo ele, matar o ex-primeiro ministro prejudicaria o grupo que teria arruinado sua família.
"Minha família se juntou a essa religião e nossa vida se tornou mais difícil depois de doar dinheiro para ela— disse Yamagami à polícia, segundo o jornal Asahi Shimbum.
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"Eu queria atingir o mais alto funcionário da organização, mas era difícil. Então, mirei em Abe porque acreditava que ele estava ligado a ela. Eu queria matá-lo.", afirmou.
De acordo com o Jornal O Globo, não há vínculos conhecidos entre o movimento religioso e o ex-primeiro ministro. Mas, teorias da conspiração acusam o avô materno de Shinzo Abe, Nobusuke Kishi, de ter vínculos com a igreja. Ele também foi primeiro-ministro do Japão, entre 1957 e 1960 e foi acusado de cometer crimes de guerra na Manchúria, Nordeste da China.
A polícia disse anteriormente que o crime foi motivado por “ódio a um determinado grupo”, que então não foi identificado.
Ainda segundo o Jornal, notícias japonesas afirmam que a mãe de Yamagami se tornou membro do movimento religioso e perdeu dinheiro por isso. Um homem, identificado como parente do suspeito, disse que a família teve problemas com o reverendo.
Sua família se desfez devido ao grupo — disse o homem, em referência à Igreja da Unificação. — Estou convencido de que Yamagami sofreu danos devido à organização.
Até o momento, a polícia e a imprensa japonesa caminham em uma linha de investigação delicada. Não podem levantar suspeitas contra uma organização sem qualquer relação ao crime, mas, se não divulgarem informações, pode levantar suspeitas de que integram uma conspiração.
Tersuya Yamagami, de 41 anos, está preso e afirma ter usado uma arma de fabricação caseira que matou o ex-primeiro ministro na última sexta-feira (8), durante um comício no Japão.
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Redação iBahia
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