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MÚSICA

Festival Radioca se transforma em doc e celebra casas culturais

Além das apresentações virtuais, projeto inicia campanha em prol das casas de show de Salvador

Redação iBahia • 05/08/2021 às 9:00 • Atualizada em 26/08/2022 às 17:37 - há XX semanas

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O "Rede Radioca – NoSSAs Casas Doc Show” documenta quatro espaços soteropolitanos e seus universos culturais, entremeados pela performance de seis atrações da Bahia: Ilê Aiyê, Manuela Rodrigues, MiniStereo Público, Taxidermia, TrapFunk&Alivio e A Trupe Poligodélica. O projeto será lançado em dois episódios nos dias 28 e 29 de agosto, às 17h, no canal de YouTube.

Shows de seis atrações foram gravados em espaços culturais de Salvador (fotos: Divulgação/André Frutoso |Sara Regis | Claudia Antarosa | Caio Terra| Max Fonsceca)

Seis shows da Bahia foram gravados nos cenários da Casa da Mãe (Rio Vermelho), do Mercado Iaô (Ribeira), da Senzala do Barro Preto (Curuzu) e do Teatro Gamboa (Aflitos), embalando a documentação de suas histórias e contextos culturais. No primeiro dia, o público assistirá às performances de Ilê Aiyê, Manuela Rodrigues e MiniStereo Público; no segundo, Taxidermia, TrapFunk&Alivio e A Trupe Poligodélica.

O “Rede Radioca – NoSSAs Casas Doc Show” tem como objetivo não apenas valorizar os artistas, mas também nestes apoiar os espaços culturais soteropolitanos impactados por todos os prejuízos percebidos na indústria musical nos últimos 17 meses.

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Através das quatro casas escolhidas, de diferentes identidades, atuações e regiões de Salvador, os filmes revelam como estes recintos se relacionam com a capital baiana e fazem uma mostra de estilos, gerações e representatividades da música contemporânea do estado.

Em mais um ano sem previsão da viabilidade da retomada de seu evento presencial, o projeto pretende dar visibilidade às casas que abrigam a cena musical independente soteropolitana, a partir das incertezas instauradas na pandemia.

Além do registro histórico, o Radioca promove uma campanha emergencial em prol destes quatro espaços. Na campanha #EuAbraçoNoSSAsCasas, disponível em www.radioca.com.br/nossascasas, na qual as pessoas sensibilizadas pela causa e com condições de colaborar podem fazer doações de valores entre R$ 10 e R$ 1 mil.

Projeto promove uma campanha de arrecadação emergencial para casas de show de Salvador (foto: Divulgação)


Para celebrar o lançamento, no dia 28 de agosto, às 19h, após a estreia do primeiro episódio do doc show, a plateia se reunirá em uma festa virtual em sala no Zoom, com discotecagem dos DJs el Cabong, Sica, Mauro Telefunksoul e Jadsa. Para participar deste momento, é necessária a retirada de ingresso gratuito na Sympla (www.sympla.com.br/radioca).


AS ATRAÇÕES

  • Ilê Aiyê

Primeiro bloco afro da Bahia, o Ilê Aiyê nasceu em 1974 com o objetivo de preservar, valorizar e expandir a cultura afro-brasileira. Ao longo de sua trajetória, vem homenageando países africanos, revoltas negras, personalidades e estados brasileiros que contribuíram fortemente para o processo de identidade étnica e autoestima do povo negro. Com mais de mil associados, é patrimônio da cultura baiana, um marco no processo de reafricanização do carnaval da Bahia. A Band’Aiyê, idealizada e produzida por Antonio Carlos Vovô, é atualmente composta pelos cantores Iana Marucha, Jiaunci e Iracema Killiane, acompanhados por nove percussionistas. A discografia conta cinco álbuns – o mais recente, “Ilê bonito de se ver”, foi lançado em 2014.

  • Manuela Rodrigues

Com mais de 20 anos de carreira, Manuela Rodrigues tem formação em Canto, é mestre em Performance e estudou música em New Orleans, nos EUA. Sua discografia inclui “Rotas” (2003), “Uma outra qualquer por aí” (2011) e “Se a canção mudasse tudo” (2016). Além de ter a composição como um traço marcante, também se destaca pela presença de palco em suas apresentações com grande força teatral. No show “Grito”, assume sua faceta instrumentista e interpreta canções inéditas, cantando e tocando piano, alternando momentos solo e com a presença dos músicos Alexandre Vieira (baixo) e Marcos Santos (bateria). As temáticas são desabafos, uma catarse a partir de questões de relacionamentos, políticas, existenciais e que atingem a mulher negra na sociedade.

  • MiniStereo Público

Sob a inspiração de uma das mais sólidas tradições propagadas no mundo, surgida na Jamaica nos anos 1950, nasceu em 2005 o MiniStereo Público Sistema de Som, primeiro sound system da Bahia. O grupo foi fundado por amigos DJs amantes do reggae com ambições de criar um movimento que os representasse no cenário musical independente de Salvador. Formado atualmente por DJ Raiz, DJ Pureza e o dubmaster Regivan Santa Bárbara, possui um P.A. composto de seis subgraves duplos de 18 polegadas com 2 mil watts em cada caixa. São seis colunas de alta frequência, sendo um total de 24 mil watts de som, que se propagam com qualidade limpa e potente, tornando os graves ainda mais poderosos.

  • Taxidermia

Jadsa, cantora, compositora, guitarrista e diretora musical, e João Meirelles, compositor, produtor musical, performer de música eletrônica ao vivo e fotógrafo, ambos de Salvador, trabalham juntos desde 2015. A parceria é reafirmada com o lançamento do EP “TAXIDERMIA vol.1”, repleto de texturas eletrônicas. Sem se enquadrar em gêneros musicais pré-definidos, a dupla brinca que o estilo é “pop curioso”. Após gravação de parte do material no estúdio, o trabalho foi desenvolvido em casa, à distância, por conta da pandemia da Covid-19, o que abriu espaço para a colaboração de outros artistas – Jessica Caitano, Caio Terra, Pedro Bienemann e Bruno Abdala.

  • TrapFunk&Alivio

O coletivo TrapFunk&Alivio surge no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador, como expressão da periferia amplificada por sistemas de som e tecnologias, sendo um expoente da música feita nas comunidades brasileiras, pensada globalmente. Traduz o som do baile funk para a Bahia, misturado com música da diáspora africana e som contemporâneo periférico. O quarteto reúne letras, pontos e bases de funk com a linguagem do trap para constituir uma música original, em que a comunidade negra dialoga com seu entorno e com o mundo. Desenvolve o potencial de experimentação musical e performática amparado em notebooks, placas de som e estúdios caseiros.

  • A Trupe Poligodélica

Com raízes no Vale do São Francisco, a Trupe Poligodélica surge em 2017 trazendo um ritmo que embala todos os sentidos dos corpos que os ouvem. É composta por cinco apaixonados pela psicodelia de viver: Fatel, Ciro, Alvin, Fellipe e Victória. A Trupe constrói uma sonoridade própria, junto à perspicácia, acidez e beleza da poesia de Fatel. O som é, ao mesmo tempo, dançante e envolvente, influenciado por várias vertentes da música popular brasileira e internacional, com pitadas de psicodelia e poesia. São dois discos lançados: o primeiro, “A Transmutação do Eco em Lenda”, em 2020, e o segundo, “Oroboros”, em 2021.

AS CASAS

  • Casa da Mãe

Espaço cultural localizado na orla do Rio Vermelho, diante do mar e da Casa de Iemanjá. Pequena e aconchegante, com cozinha brasileira e cerveja sempre gelada, a casa incorpora diferentes identidades, com música ao vivo em programação quase diária, desde 2006. São noites regulares e disputadas de música popular brasileira, samba, jazz e outras variantes.

  • Mercado Iaô

Centro de arte, educação, cultura e negócios criativos. Localizado na Península de Itapagipe, no bairro da Ribeira, surgiu em 2014 com a desafiadora meta de se constituir como um espaço de referência para o artesanato e para a cultura da Bahia, na busca por maior inclusão social, desenvolvimento sustentável e responsabilidade social. O espaço se tornou uma referência para públicos de todas as idades, beneficiados por diversos projetos e eventos.

  • Senzala do Barro Preto

Símbolo e casa do bloco afro Ilê Aiyê, a Senzala do Barro Preto, na Ladeira do Curuzu, foi fundada em 2003. Com mais de 5 mil m² de área construída, o espaço abriga atividades culturais e sociais: a Escola Mãe Hilda, que oferece apoio educacional a alunos de ensino fundamental, a Band’Erê, projeto de iniciação musical para crianças, e a Escola Profissionalizante do Ilê Aiyê. Seu movimento é voltado à população negra e à cultura afro-brasileira, com ênfase na afirmação da negritude, no autoconhecimento e no enfrentamento ao racismo.

  • Teatro Gamboa

O Teatro Gamboa é um equipamento cultural singular. Inaugurado em 1974, está localizado no Largo dos Aflitos, no centro da cidade, sob administração, desde 2007, da Associação Grupo Estado Dramático. A casa é reconhecida pela sua autenticidade e movimento. No Gamboa, a pauta é gratuita para artistas e projetos não patrocinados, fortalecendo a cena independente. Um teatro de pequeno porte, com capacidade para 60 pessoas, que busca propiciar acesso a trabalhos das variadas linguagens artísticas que não estão inseridos em circuitos massificadores.

CAMPANHA #EUABRAÇONOSSASCASAS

Em prol da Casa da Mãe (Rio Vermelho), Mercado Iaô (Ribeira), Senzala do Barro Preto (Curuzu) e Teatro Gamboa (Aflitos)
Em: www.radioca.com.br/nossascasas

REDE RADIOCA – NOSSAS CASAS DOC SHOW
28 de agosto, 17h: Ilê Aiyê, Manuela Rodrigues e MiniStereo Público
29 de agosto, 17h: Taxidermia, TrapFunk&Alivio e A Trupe Poligodélica
Em: www.youtube.com/festivalradioca

FESTA REDE RADIOCA – NOSSAS CASAS DOC SHOW
28 de agosto, 19h: DJs el Cabong, Sica, Mauro Telefunksoul e Jadsa
Em: Sala no Zoom | Retirada de ingresso gratuito em www.sympla.com.br/radioca

Mais informações: www.radioca.com.br/nossascasas

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