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NEM TE CONTO

'Minha fossa acabou', diz Carol Castro sobre solteirice

No ar em 'Órfãos da Terra', atriz fala sobre personagem, medos, terapia e família

Redação iBahia • 18/08/2019 às 11:25 • Atualizada em 26/08/2022 às 17:29 - há XX semanas

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Carol Castro ficou de cabeça para baixo. E não demorou nem dez minutos para se enrolar no tecido, arrancar elogios da professora (a artista circense Deborah Motta, que acompanhou nossas fotos) e cumprir a proposta com maestria. Literalmente, não é a primeira vez que ela se vê revirada, já que se aventurou no quadro “Circo do Faustão”, em 2007, e terminou como vice-campeã cumprindo tarefas semelhantes. Quando o assunto é ficção, a sua Helena de “Órfãos da terra” já passou por muitas mudanças na história e, para completar, (também) vai se separar. “O momento dela tem tudo a ver com o meu”, compara Carol. O mais importante é que essa pisciana e sua personagem lidam com tudo de forma bem equilibrada.
— Numa relação, pelo fato de eu ser muito romântica e sonhadora, o que característico do meu signo, eu costumo deixar o copo encher, sabe? Tento até o fim. Não sou fácil também, óbvio, tenho um gênio forte, mas relevo muita coisa, me adapto e me vejo no lugar de sempre evitar o atrito. O louco é que, quando bate o sininho de “opa, está transbordando o copo”, aí deu, chega mesmo. Se coloco na cabeça, não tenho recaída — garante Carol, de 35 anos.
A reflexão foi feita para a carioca relembrar as vezes em que precisou colocar o ponto final em seus casamentos. O mais recente foi em março, com Felipe Prazeres, com quem ficou por três anos e teve a sua primeira filha, Nina, há dois.
— Qualquer término é ruim, sempre tem um baque. Principalmente para mim, que sou daquelas que faz cerimônia, troca de sobrenome… É um negócio forte. E este último fim foi o que mais mexeu comigo como um todo. Foi uma decisão de ambas as partes, muito adiada, mas é que agora envolvia uma criança. Não estava dando certo e não seria bom vivermos uma mentira. Os filhos sentem — analisa a atriz, que também já foi casada com o ator Marcos Bravo, de 2008 a 2010, e com o modelo Raphael Sander, entre 2011 e 2015.
Filha de pais separados (o ator Lucca de Castro e a terapeuta corporal Maria Cecília Castello Branco), Carol ocupa seu lugar de fala ao afirmar que as crianças sentem as brigas dentro de casa. — Quando os meus pais se separaram, eu tinha de 4 para 5 anos. Eles ficaram quase um ano vivendo aquela fase de divergências e discussões, exatamente o que eu não queria que a Nina experimentasse. Logo depois, eu me mudei com a minha mãe para Natal (RN). Foi como ir a outro planeta. Essa coisa de começar do zero, de fazer novos amigos, entender o sotaque… Era difícil — relembra: — E eu mudei 13 vezes de escola nessa de ficar na ponte Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte (risos). Por muito esforço, nunca repeti de ano.
Os quilômetros percorridos dentro do Brasil não foram poucos. — Já aconteceu de eu me mudar de Natal para Bauru, “interiorrrr” de São Paulo. Foram dois anos muito intensos. Eu tinha 14 anos e estava naquele período de adolescente revoltada um pouco sem causa. Morei com minha irmã, sete anos mais velha, num albergue, já que minha mãe foi embora da cidade porque estava sem emprego. E, naquela época, era a fase da porrada (risos). Eu, a rockeira, skatista, que fez uma tatuagem. Ela, a patricinha advogada. Ainda bem que a gente sempre aprende com os desentendimentos e vai evoluindo. Olha, são mesmo muitas reviravoltas — diverte-se a bela: — Claro que, com tudo isso, lá no fundo, eu, como filha de pais divorciados, não queria que a minha filha também fosse, mas, já que aconteceu, vamos fazer da melhor forma possível.
E, aparentemente, tem sido tudo bem tranquilo. Não só pelo tom de voz suave que Carol usa para falar sobre tudo, mas é que ela e o ex, por exemplo, já foram flagrados juntos na praia curtindo um dia de sol com Nina. — Até me perguntaram se tínhamos voltado, mas não. Felipe e eu temos um vínculo eterno. Pela Nina, nos falamos todo dia. Quando nos separamos, dissemos que seríamos vistos juntos diversas vezes com nossa filha ou sem ela. A nossa base sempre foi a amizade. Já éramos amigos antes, isso vai perdurar.
Coincidentemente, na trama das seis, Helena, sua personagem, vai terminar tudo com Elias (Marco Ricca) nesta semana. Além de o sírio estar demonstrando um ciúme excessivo pela namorada, tem andado com saudade de Missade (Ana Cecília Costa), a ex.
— Rola um choque cultural, por conta dos árabes ainda acostumados com aquela mulher mais dona de casa. Teve uma cena, por exemplo, em que Elias ficou ofendidíssimo porque Helena pagou a conta deles no restaurante. Os dois já vinham tentando, entre idas e vindas, ter um relacionamento. Isso mostra uma fraqueza — diz a intérprete, garantindo que as comparações com o seu papel na TV param por aí: — Graças a Deus, nunca me envolvi com uma pessoa que tivesse outra, e que eu precisasse ficar esperando o cara se decidir.
No início da novela, Carol estava preparada para ser odiada nas ruas, já que vivia uma viúva que se torna a amante de um homem casado com uma mulher deprimida. Mas o que ela acabou encontrando foi compaixão do público, porque Helena quase morreu num acidente de carro que lhe provocou um aborto:
— Estava esperando pelos haters nas redes sociais, mas eu me surpreendi. Aceitaram a relação dos dois porque entenderam que brechas como essa podem acontecer. E Helena sempre mostrou que se sentia mal por estar vivendo aquela situação. Lutei ao máximo para humanizá-la. Como atriz, fico em êxtase quando tem drama.
Mas a psicóloga do Instituto Boas-Vindas não vai ficar sozinha por muito tempo. Até porque Hussein (Bruno Cabrerizo) já está de olho nela. E vem beijo aí, sem tempo ruim para curtir a fossa. — O encantamento inicial parte de Hussein. Só que Helena vai acabar pesando: “Um homem não está totalmente comigo, e o outro está se interessando por mim” — diz Carol, aos risos: — Na vida real, a minha fossa já passou. Foi difícil, mas eu me sinto renovada. Estou na fase de me entender como uma nova mulher, que agora é mãe. Fiz 35 anos, que acho uma idade forte na questão de maturidade, e estou solteira. São muitas redescobertas juntas.
Entre uma olhada e outra no espelho, Carol se viu sexy de novo. Viver uma prostituta em “Veneza”, filme de Miguel Falabella com estreia prevista para novembro, acelerou o processo. — Sabe que me colocam nesse lugar mais do que me vejo? Isso ajuda em trabalhos, como o filme, claro, só que eu me sinto mais como uma moleca. Já me disseram que sou sexy naturalmente e, se for assim, então está tudo bem. Não sou de ficar fazendo carão.
Se é algo inerente a ela, claro que chama atenção dos marmanjos por aí. Intensa nas paixões, agora a atriz não deixa de ser uma solteira cobiçada. — Estou aberta, me permitindo voltar a ser essa pessoa independente, livre, deixando a vida me levar. As coisas acontecem quando menos esperamos. Desaprendi totalmente a flertar. Ri com minhas amigas, porque ando até perguntando como se fala hoje em dia. Sei que o segredo é sempre ser você mesmo, e sigo o caminho da naturalidade. Já aconteceu de eu ser paquerada e dizer: “Desculpa, não sei mais fazer isso”. Estou fora de forma — relembra, às gargalhadas.
Mais do que o desempenho na hora do flerte, o futuro pretendente vai precisar cumprir mais requisitos. — Já era seletiva antes. Agora, sou ainda mais. Afinal, a pessoa vai conviver com Nina. É mais complicado. Mas tenho esperança. Gosto de ter alguém, de me apaixonar. Adoraria não ser assim, mas faz parte de mim — suspira.
Prioridade
“Nem precisa falar, né? Se antes era crescimento pessoal e profissional, hoje é Nina sempre. Não que eu não queira outras coisas, mas, na balança, minha filha está em primeiro lugar”.
Terapia
“Sempre fui a favor, e não acho que seja preciso ter vivido um grande trauma para fazer. Já teve época em que fiz, hoje faço de vez em quando. Tem sido tipo academia: estou sempre tentando voltar ao ritmo frequente (risos)”.
Medo
“Eu era muito destemida e não me preocupava com o amanhã. Hoje, temo qualquer coisa que coloque a integridade da minha filha em risco e me preocupo com o futuro do mundo. Estamos vivendo uma época estranha em vários sentidos”.
Casamento
“Já fui mais sonhadora, acreditava que ia viver para sempre com o pai do meu filho. Sei que hoje nem sempre é possível. O importante é estar ao lado de quem me faz feliz”.
Personalidade
“Era mais impaciente. Isso mudou depois de ter filho. Brinco que amadureci quando ‘amãedureci’”.

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