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Promotor do caso Maju fala em 'guerra cibernética entre gangues'

O grupo, de diferentes partes do país, pode responder pelos crimes de racismo, falsidade ideológica, entre outros

Redação iBahia • 22/06/2016 às 20:25 • Atualizada em 31/08/2022 às 8:00 - há XX semanas

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"Há uma guerra cibernética entre gangues virtuais que querem ganhar notoriedade". Foi o que concluiu o promotor Christiano Jorge dos Santos, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), ao falar, na tarde desta quarta-feira, da denúncia contra quatro pessoas por crimes de injúria e racismo, numa rede social, contra a jornalista Maria Julia Coutinho, da TV Globo. Eles postaram as mensagens em julho do ano passado. O grupo, de diferentes partes do país, pode responder pelos crimes de racismo, falsidade ideológica, injúria, associação criminosa na internet e corrupção de menores. Somadas, as penas podem chegar a 20 anos de prisão.
Em entrevista concedida a jornalistas no MPSP, centro da cidade, Santos fala na união de dois grupos para a ação, com o objetivo de "fazer algo grande", e os compara a gangues de pichadores. "Eles se unem para fazer coisas grandes, como pichadores que competem para ver quem picha o lugar mais alto, para ficarem marcados. O objetivo era derrubar página de artista e alcançar notoriedade. Foi o meio que acharam para divulgar esse trabalho sujo", afirmou o promotor.
Ao analisar o perfil de Érico Monteiro dos Santos, apontado como o chefe do grupo, Rogério Wagner Sales, Kaique Batista e Luis Carlos de Araújo, Santos apresentou jovens com idades entre 20 e 30 anos, de classe média baixa, que "talvez não tivessem a dimensão da gravidade da situação", e com "necessidade de aceitação". "O que vejo é uma necessidade de aceitação por um grupo, de se sobressair aos demais. Um deles tem até fã-clube de garotas, que mandavam fotos nuas. Outros têm 30 mil membros", conta, com certo espanto.
Quatro menores de idade teriam participado da divulgação das mensagens contra Maju. O caso deles está sob análise da Promotoria da Infância e Juventude. As investigações para localizar mais envolvidos continuam. Experiente em lidar com crimes cometidos na internet, o promotor alerta os responsáveis a observarem mais as atividades dos filhos. "Com a violência urbana, o pai vai querer que o filho fique em casa, mas esquece que há crime na internet", pondera ele. "As pessoas acham que estão navegando num oceano de impunidade mas, felizmente, nós chegamos a elas", conclui Santos.

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