A alguns dias do início da segunda edição da Campus Party Bahia, que ocorre entre os dias 17 e 20 de maio, na Arena Fonte Nova, Tonico Novaes, diretor geral da Campus Party, fez uma visita ao iBahia para contar algumas novidades, curiosidades e como eles realizam a seleção de temas e novidades para o evento, além de falar da relação entre tecnologia e sociedade. Confira:
Dificuldades, diferenças, sociedade e a ligação entre tecnologia e oportunidades
A Campus Party Bahia ampliou a possibilidade de espaços disponíveis para a realização do evento: um estádio. Para ele, a oportunidade foi única e, no final de tudo, deu certo. Contudo, uma das maiores dificuldades para a realização de eventos nestes lugares é a conciliação com o calendário da Confederação Brasileira de Futebol. "Além disso, há o problema do tempo. O evento é bem complexo e precisamos de pelo menos uma semana, mas só tivemos quatro dias para a montagem", afirma. Ele também conta que se surpreendeu com o resultado. "Os estádios não eram espaços a serem considerados e assim que vimos, em Brasília, que o local estava pequeno, resolvemos levar para o Mané Garrincha", afirma.
Cada estado em que a Campus passa funciona como um país, com as suas particularidades. Ele diz que em Brasília, por exemplo, o silêncio reina e algumas pessoas reclamam até mesmo da conversa entre os seguranças. Já aqui em Salvador, o camping é bem barulhento, cheio de energia. "A Bahia foi uma grata surpresa", afirma.
E não é só de tecnologia que fala o evento. No ano passado, por exemplo, houve uma reformulação (em parceria com a Campus Global) dos temas que são a cara da Campus Party. Até então, estavam presentes Ciência, Educação, Empreendedorismo e Criatividade, que foram substituídos por pautas mais atuais, como Blockchain, Ciborgues, Internet das Coisas e todas as antigas foram realocadas para a STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, numa tradução livre). "Em Natal, por exemplo, me questionaram 'Como que vai rolar um evento desses se aqui não tem indústrias?', e eu penso que ainda bem. Israel, por exemplo, é um país que não tem indústrias e é pioneiro na questão de startups e tecnologia. Temos que ter em mente que a inovação não está diretamente ligada à tecnologia", afirma.
Quanto à questão de como o código pode salvar vidas, principalmente nas periferias, Tonico é enfático. "Temos uma concorrência desleal, que é o narcotráfico. Ele oferece um retorno rápido e de muito dinheiro, mas os jovens que entram neste mundo não passam dos 24, 25 anos. Precisamos mostrar que eles podem, sim, programar. Devem se sentir parte do mundo da tecnologia", afirma, se referindo aos laboratórios include, projeto de inclusão social do Instituto Campus Party. "Um exemplo disso é o Alexandre Casemonstro, que tem um projeto chamado 'oficina de chão', que ensina programação no Arduíno ao mesmo tempo que ensina a reciclar materiais para montagem de componentes", explica.
Em primeira mão
Para finalizar, ele também revelou que o repórter Sansão, da Maurício de Sousa, vem para a CPBA2. "Eles também vão enviar alguns professores para ensinar a animar cartoons e quadrinhos", encerra.
*Matéria supervisionada pelo editor-chefe Rafael Sena
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Redação iBahia
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