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Candidatos baianos intensificam campanha eleitoral na internet

Políticos usam largamente as redes sociais, perfis e sites na internet para se aproximar dos eleitores

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27/09/2010 às 13:21 • Atualizada em 27/08/2022 às 17:08 - há XX semanas
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Criar um website, fazer uma home page.Com quantos
gigabytes se faz uma campanha que veleje no mar virtual das eleições? No
balanço da jangada digital de Gilberto Gil, os candidatos ao governo da
Bahia tentam responder à pergunta.

Pela primeira vez,a
legislação permite aos candidatos mergulharem de fato na internet. Junto
ao suor das ruas, bandeiras e longas caminhadas, ascampanhas passaram
a usar, como nunca, os computadores, sites e perfis em redes sociais.


Wagner, Paulo Souto e Geddel Vieira Lima intensificam campanha eleitoral na internet

A principal estratégia da equipe doscandidatos ao
governo baianosão os sites de relacionamento -como Twitter, Orkut e
Facebook. Esta é a primeira eleição
em que eles podem explorar estas
ferramentas. O objetivo é aproximar os concorrentes do eleitorado,
expandir a militância e disseminar informações através de textos,
áudios, vídeos e fotografias.

Segundo o pesquisador do Programa
de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Faculdade de
Comunicação da Ufba, Lucas Reis—que prepara dissertação de mestrado
sobre o modo como são exploradas as redes sociais nas eleições —, Jaques
Wagner (PT), Paulo Souto (DEM) e Geddel Vieira Lima (PMDB) são os que
melhor usam os recursos.

Humanização
Reis explica que o
Twitter é a ferramenta mais usada para humanizar os candidatos . “O
perfil torna o político mais afável, gera empatia com os eleitores. Ele
fala de suas preferências musicais e da família, por exemplo”, afirma.

É
o que faz Geddel Vieira Lima (PMDB), que desde dezembro de 2009 usa o
Twitter comfrequência. “Uma vez ele manifestou preocupação com o filho,
que estava doente, fez comentário sobre música. O Twitter é importante
para o público conhecê-lo”, destaca a coordenadora do núcleo de internet
da campanha peemedebista, Virgínia Pascoal.

Já Souto está
conectado a seis redes sociais. Mas, para Reis, ele não explora o
potencial da internet. “Geddel e Wagner temdois sites,umoficial e outro
voltado para a militância. Paulo Souto só tem um”, ponderou. Para
mobilizar eleitores, o democrata preferiu usar o Twitter. Contudo, a
equipe do ex-governador não abriu mão do uso de recursos multimídia. Em
sua página oficial, há uma TV, rádio e material de campanha digitais.

Mobilização
Mas
a história da primeira campanha na internet não é escrita apenas com os
140 caracteres do Twitter. Wagner, por exemplo, vem investindo alto na
participação popular na produção de material para sua campanha à
reeleição.

Segundo o coordenador do núcleo de internet do
petista, Urbano Sampaio, a ideia é permitir que as pessoas contribuam
com vídeos, fotografias e músicas.“OPT tem uma militância vibrante.
Criamos mecanismos para que o mesmo aconteça na rede”, diz.

Para
facilitar a mobilização digital no interior da Bahia, onde grande parte
do eleitorado ainda tempouca intimidade com a internet, a equipe criou a
Caravana Digital. Três monitores, a bordo de umvan,percorrem cidades do
interior para ensinar a população a enviar emails, criar perfis nas
redes sociaiseusaro potencial da grande rede.

“É um bate papo.Nós
explicamos como mexer e conversamos sobre a campanha”, esclarece
Sampaio. No próprio site de Wagner, há uma cartilha digital com
orientações gerais sobre a internet. Na briga pela atenção dos
internautas mais jovens vale até disponibilizar jogos nos sites. As
brincadeiras, além de prender a pessoa por mais tempo, usam uma
linguagem acessível para disseminar conteúdo político do candidato.

Entretenimento
O site de Geddel oferece
jogode damas, em que o internauta escolhe ser ladrão ou policial, e um
jogo da velha - a cada risco aparecem propostas do peemedebista ou
promessas que o candidato alega não terem sido cumpridas por Wagner.


a página petista conta com seis opções de entretenimento. Entre elas,
um jogo da memória. “Queremos manter a pessoa o maior tempopossível em
nossa página e acessando nossas informações”, diz Sampaio.

Apesar
da obrigação de ter, no mínimo, 16 anos para votar, o site de Souto tem
opções para crianças. Além de conhecer a história do democrata através
de uma linguagem de quadrinhos, o internauta pode baixar um álbum de
personagens que representam a Bahia para colori-los. O democrata é
representado por um sertanejo chamado “menino pé de vento”.

Nanicos exploram redes sociais
A falta de
dinheiro impede o Psol de explorar, como os demais partidos, as
possibilidades oferecidas pela internet.O site do candidato da legenda,
Marcos Mendes, não tem sertanejo para colorir, tabuleiro de dama
digital, nem cartas para brincar de jogo da memória.

Marcos Mendes sofre com falta de recursos e Bassuma orienta militantes a usar redes

O coordenador geral da campanha e responsável pela
propaganda na web de Mendes, Tiago Paixão, diz que não foi possível usar
ferramentas que permitam maior colaboração da militância.“Agente tentou
fazer isso, mas não temos recursos para contratar um profissional
especializado”, lamenta.

A participação dos militantes acontece
através de mensagens repassadas por email. Mas como cadastrar perfil em
redes sociais não custa nada, o Psol entrou no Orkut, Twitter e YouTube,
onde divulga material de campanha.

Além destes três sites, Luiz
Bassuma (PV) também está conectado ao Facebook, que armazena
fotografias. Como as demais, a página oficial do candidato conta com
informações sobre Bassuma, os projetos de governo e vídeos, fotografias e
matérias sobre a campanha do partido. À semelhança do site de Jaques
Wagner (PT), há orientações sobre como colaborar apenas pela internet,
através das redes sociais.

Para o pesquisador Lucas Reis, do
Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da
Ufba, somente os três principais candidatos usam bem os potenciais da
web.“ A gente pode dizer que eles são eficentes, porque é a primeira vez
que isso acontece”, afirma.

Usar a internet de forma eficiente
significa integrar as ferramentas para mobilizar a militância e espalhar
informações. “Um candidato governista, por exemplo, pode colocar um
vídeo de um pronunciamento de Lula no YouTube e uma notícia sobre o
assunto no site. Ele twitta e a militância dissemina a informação”,
explica.

Segundo Reis, a internet engloba novos militantes e
expande a força dos apoiadores, já que muitas pessoas que não iriam a um
comício trabalham pelo candidato através da rede. Contudo, a tendência
é a integração entre o espaço da web e o tradicional. “Podem haver
mobilizações planejadas pelo Twitter que ganham as ruas”, pondera.

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