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ECONOMIA

Caixa reduz juros da casa própria e renegociará dívidas

Novos percentuais valem a partir da próxima segunda-feira (10)

Redação iBahia • 05/06/2019 às 17:25 • Atualizada em 29/08/2022 às 7:07 - há XX semanas

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A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quarta-feira (5) redução de até 1,25 ponto percentual nos juros cobrados nos financiamentos habitacionais para a classe média. A taxa mais em conta (para clientes do banco), baixou de 8,75% ao ano para 8,5% e a mais alta caiu de 11% ao ano para 9,75% ao ano.

Os novos percentuais começarão a valer a partir da próxima segunda-feira para novos financiamentos e abrangem contratos enquadrados no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com recursos do FGTS e da poupança, para imóveis avaliados em até R$ 1,5 milhão e no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), acima deste valor. Dessa forma, a Caixa está igualando as condições do crédito, independentemente do valor do imóvel.

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Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o objetivo é corrigir distorções, cumprindo a orientação do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele afirmou que o banco ficou muito focado na baixa renda e que agora vai priorizar as famílias de classe média e média alta.

"A Caixa não está focando na classe média, era mais da classe baixa. Não existe nenhuma descontinuidade para as pessoas carentes, o programa Minha Casa Minha Vida vai continuar, mas a classe vai focar na classe média e média alta", afirmou Guimarães.

Durante o anúncio do corte de juros, a Caixa divulgou oficialmente os detalhes da campanha de renegociação para os mutuários da casa própria que estão com prestações atrasadas. O programa vai beneficiar 589 mil famílias que têm uma dívida total de R$ 10,1 bilhões com vários tipos de contratos. O universo corresponde a 11% da carteira total do banco de R$ 5,2 milhões de contratos ativos.

A campanha tem prazo ilimitado e pode beneficiar famílias com até seis prestações em atraso em média, mas há casos de até dois anos (situação em que a Caixa não conseguiu retomar o imóvel). A expectativa da Caixa é recuperar neste ano entre R$ 500 mil e R$ 1 bilhão.

O banco não vai desconto no valor da prestação, mas pode perdoar juros e mora, dependendo do contrato e em situações em que o custo adicional alcança o valor da prestação. Serão oferecidas várias alternativas de renegociação aos interessados.

Para regularizar a situação, o mutuário poderá dar uma entrada (valor correspondente a uma prestação) e incorporar as parcelas atrasadas no saldo devedor. A mensalidade é recalculada e o prazo de pagamento do contrato não muda. Também é possível usar o saldo da conta do FGTS no caso de apenas três meses de atraso ou ainda alterar a data do vencimento da prestação.

Quem não se enquadrar nessas condições poderá procurar as agências da Caixa para verificar a possibilidade de acordo.

De acordo com simulação da Caixa, um contrato com saldo devedor de R$ 108,845 mil, com 10 prestações vencidas, vai incorporar na dívida R$ 8,888 mil. Com isso, o valor da parcela subirá de R$ 987,63 para R$ 1,012 (aumento de R$ 25,02).

O programa de renegociação vale em todo o país. Os clientes poderão receber atendimento pelo telefone 0800-726-8068 opção 8, pelo site www.caixa.gov.br/negociar, nas redes sociais, além das agências da Caixa.



Nova modalidade de crédito imobiliário
Nas próximas semanas, a Caixa vai lançar uma nova modalidade de crédito imobiliário, substituindo a Taxa Referencial (TR), que acompanha a correção dos contratos, mas atualmente está zerada pelo IPCA. Além disso, o banco vai passar a oferecer um tipo de amortização dos contratos, chamado tabela price, em que o tomador começa pagando prestações em valores menores e elas vão subindo ao longo do tempo. Atualmente, o banco trabalha com o sistema SAC (Sistema de Amortização Constante), em que o valor das parcelas são decrescentes.

Esta fórmula é considerada mais segura tanto para os tomadores quanto para as instituições financeiras. Segundo ele, a ideia é deixar o mercado fluir, menos "dirigismo" , uma orientação do ministro Paulo Guedes.

"A escolha é do consumidor", disse Guimarães, acrescentando que para algumas famílias pode ser mais vantajoso começar pagando menos.

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