O país alcançou número recorde de desempregados: 9,126 milhões de pessoas estavam em busca de uma vaga no mercado de trabalho em novembro do ano passado. O total de desocupados saltou 41,5% no trimestre encerrado em novembro na comparação com igual período do ano anterior, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desemprego permaneceu no maior patamar da série histórica, iniciada em 2012, aos 9%. O resultado contraria um movimento sazonal de geração de vagas temporárias nos últimos meses do ano para atender à maior demanda no comércio e nos serviços. “Foi o pior resultado da série. A expectativa era que fosse muito menor, porque a taxa de desocupação já devia estar cedendo com a aproximação do fim do ano”, disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
A taxa de desemprego registrada no mesmo período do ano anterior dá uma medida da deterioração do mercado de trabalho em apenas um ano: 6,5%. Mais de meio milhão de pessoas perderam o emprego no período.
A fila do desemprego recebeu quase 2,7 milhões de pessoas a mais, o que significa que há mais gente atrás de uma ocupação, não apenas os que perderam o trabalho. Segundo Azeredo, o maior combustível para o aumento da taxa de desocupação vem da redução no número de postos com carteira assinada e consequente aumento da informalidade.
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