R$ 770 milhões de negócios gerados no mercado interno e US$ 30 milhões em exportação - 40% a mais do que na edição passada. Esses foram os resultados do Senac Rio Fashion Business, bolsa de negócios de moda encerrada na sexta (21), no Rio de Janeiro. O evento, que teve investimentos da ordem de R$ 11,5 milhões, contou com a presença de 50 mil pessoas, circulando pela Marina da Glória. Entre elas, 20 mil lojistas do ramo de vestuário e 800 compradores VIPs. Os bons números referentes aos cinco dias de evento ainda não estão totalmente fechados, pois há outros negócios agendados que poderão gerar mais R$ 100 milhões. Isso se deve, na opinião de Eloysa Simão, organizadora do evento (Dupla Assessoria), ao fato de o evento ter trazido ao Brasil compradores importantes. Foram 280 expositores - 230 no salão principal e outros 50, no salão Tech, que mostrou equipamentos e soluções para facilitar e modernizar o funcionamento das lojas. Em cinco dias de evento, foram gerados 4.500 postos de trabalho, direta e indiretamente. As marcas que apresentaram os melhores desempenhos em vendas foram: Sacada, Oh Boy, Maria Filó, Shop 126 e M.Officer. "Este salão trouxe muitas novidades para os lojistas, a exemplo de um chip colocado na roupa para tocar a música de acordo com o estilo da peça. Além de outras novidades para vitrines e equipamentos. Mais um ponto positivo foi a participação de núcleos criativos do interior do estado (Rio de Janeiro), que ganharam visibilidade entre os compradores", comenta Orlando Diniz, presidente do Sistema Fecomércio -RJ, parceiro financeiro do evento. Diniz salienta, ainda, que o Senac Rio Fashion Business, consolidou-se como a maior bolsa de negócios de moda no país, reunindo todos os elementos necessários para criar um ambiente propício para a realização de compra e venda. "Esse sucesso pode ser comprovado pelo número de pessoas circulando no evento e, principalmente, pelas vendas". Segundo Eloysa Simão, o grande mérito do Fashion Business é ter assumido a identidade de um salão de lifestyle do Rio, dialogando com a produção de todos os outros estados. Além de estar em um lugar agradável como a Marina da Glória, o Business une negócios, moda, gastronomia e cultura. Assim, enquanto, nos stands, lojistas e marcas negociam compra e venda, em outros ambientes acontecem atividades diferenciadas, como por exemplo, gastronomia, degustação de vinhos, azeites e apresentações de chefs de cozinha. Nesta edição, também o Sesc Rio realizou a mostra O Cinema na Moda com a exibição de filmes com temática fashion: Bonequinha de Luxo, Cinderela em Paris, Sabrina, Fellini em Roma, Pantera Cor-de-rosa e Barbarella. Como definiu Orlando Diniz, o salão inaugurou uma nova categoria de evento no mundo da moda: o de negócios com glamour. O conceito foi tão bem entendido pelos expositores e compradores, que até já existe o projeto de levá-lo, em edições menores, para outros estados do Brasil. De acordo com Eloysa Simão, o Fashion Business "tornou-se personagem de sua própria história" e só chegou à 16ª edição no formato para o qual foi concebido. Tudo começou com o tema desta edição, explorado nos diversos ambientes e ações, Energia e Renovação, propostas das quais a moda não pode mais estar separada. " Luxo hoje é estar em contato com a natureza, respirar e sentir o cheiro do verde. O mundo sustentável do qual falamos é aquele no qual todos pudessem ter condições de consumir o que pode ser reciclável, que acaba sendo caro. A modinha é barata no preço, mas o processo não é sustentável", comenta Eloysa. Por conta dessa realidade, o Fashion Business será um grande canal para colocar questões como essa em discussão. Na próxima edição, por exemplo, em agosto, o tema abordado será Economia Criativa. A ideia é intensificar ainda mais a relação da moda com outras frentes como artes plásticas, música, cultura e tecnologia. "Aqui não se compra só a coleção, mas ideias que possam melhorar as lojas. Os lojistas chegam para buscar inspiração, através dos sentidos. Esse marketing sensorial fará a diferença nas lojas, isso cria uma atmosfera para as vendas, passa o desejo e cria a vontade de o cliente ficar naquele ambiente", frisa. Se as negociações foram promissoras, os desafios não acabam com a o fim do evento. Ao contrário, com as vendas, o grande compromisso agora é realizar as entregas das coleções nos prazos prometidos. Nisso também a organização do evento está em alerta, acompanhando as marcas, pois disso depende o sucesso e a credibilidade das próximas edições do Fashion Business. Aliás, este é um dos critérios de maior relevância na hora de definir os expositores que participarão do salão. A marca pode nem ser muito conhecida, mas apresentando qualidade do produto, estrutura e potencial para entregas, o reconhecimento será consequência da exposição no Fashion Business. O ideal é que todas as marcas tenham a mesma condição e organização para isso. Por conta disso, um dos objetivos de Eloysa Simão, que em Salvador, responde pela organização do Barra Fashion, é trazer para a capital baiana o mesmo modelo de evento, dando atenção especial à informação dos produtores aqui, através de uma programação de palestras ministradas pelo Senac. A qualificação poderá colaborar para crescimento do mercado local e também maior participação dos estilistas e marcas da Bahia em grandes eventos, como o da capital baiana. Nesta edição, a última baiana a apresentar coleção em desfile e stand foi Luciana Galeão.
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