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ECONOMIA

FGTS: bancos abrem crédito que antecipa saldo de contas inativas

Só é vantagem fazer um crédito de antecipação da conta inativa do fundo se o destino do dinheiro for o pagamento de uma dívida com juro maio

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Redação iBahia

18/02/2017 às 17:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 22:06 - há XX semanas
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Os grandes bancos estão preparando linhas de crédito para atrair clientes que terão direito a sacar recursos de contas inativas do FGTS, que vai liberar cerca de R$ 30 bilhões na economia a partir de março. O Santander foi o primeiro a anunciar uma linha de antecipação de crédito a quem tem direito ao resgate dessas contas, mas os concorrentes já armam estratégias parecidas.

No Santander, o cliente pagará juros que vão variar de 2,59% a 4,59% ao mês. O Bradesco também vai lançar na próxima semana uma linha de crédito exclusiva para a antecipação dos recursos das contas inativas do FGTS, mas as condições ainda não foram divulgadas. O Banco do Brasil também estuda a possibilidade de oferecer a antecipação para os clientes.

Ricardo Figueiredo, consultor de educação financeira da Funcesp, considera que fazer um empréstimo para antecipar os recursos das contas inativas do FGTS só é válido caso o dinheiro seja usado para o pagamento de dívidas. Ainda assim, o juro dessa dívida deve ser superior à taxa da linha de antecipação oferecida pelo banco.

Só é vantagem fazer um crédito de antecipação da conta inativa do fundo se o destino do dinheiro for o pagamento de uma dívida com juro maior, como o do cheque especial, disse.

Quem não tem dívida, sugere, deve aguardar a data do saque e só então escolher uma aplicação. Tomar empréstimo para investir antes da liberação do dinheiro do FGTS não é recomendado, já que nenhuma aplicação considerada segura terá rendimento acima dos juros cobrados pelos bancos. E se o objetivo é utilizar os recursos para consumir, o ideal também é esperar até a data do saque, que se estende até julho.

Há um desejo de antecipar o consumo. Ainda que seja tentadora a expectativa de conseguir um bom desconto para o pagamento de um bem à vista, o poder de negociação do consumidor está grande e não vai se dissipar no curto prazo. Ele ainda vai existir até julho, data da última liberação desses recursos, avaliou.


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