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ECONOMIA

Inadimplência: Mulheres tem 51 por cento de participação nos bancos de dados do SPC

A inserção da mulher no mercado de trabalho e a facilidade obtida na compra de crédito contribuem para o endividamento

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17/02/2011 às 22:04 • Atualizada em 29/08/2022 às 14:18 - há XX semanas
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Passeios no shopping, liquidação e compras parceladas são algumas das tentações que contribuem para o endividamento das mulheres. “A participação desta categoria no estoque de CPFs dos bancos de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) cresceu e chega a 51% contra 49% dos homens”, informa Carlos Roberto Oliveira, o superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL). O principal motivo está relacionado a inserção da mulher, cada vez mais, no mercado de trabalho. "Hoje é comum vermos mulheres solteiras, independentes, ou chefes de família com renda e habilitadas a compra de crédito”, frisa Carlos. O apelo da mídia através da ênfase dada aos números de parcelas e pseudofacilidades de obter produtos com grande valor agregado, como eletrodomésticos, também influencia no consumo descontrolado e na consequente inadimplência da mulher. Inadimplência – Para tornar-se inadimplente, o indivíduo precisa consumir acima da sua capacidade de recurso. Atualmente, para obter cartões de crédito não é preciso a exigência de renda mínima, o que por sua vez propicia um acesso maior de pessoas a esta alternativa de pagamento. Os consumidores utilizam os cartões como se eles fossem uma extensão do salário e então, ao final do mês, se dão conta do tamanho da dívida formada. “Os juros cobrados nas contas são como uma punição que leva o indivíduo a perder o controle do dinheiro e a criar uma verdadeira bola de neve”, ressalta o superintendente. O SPC considera inadimplente o consumidor que deixa de pagar uma compra por 60 a 75 dias. Quando o indivíduo tem o CPF registrado no banco de dados do SPC, fica impossibilitado de fazer compras a prazo, não pode ser avalista, nem consegue obter financiamento em bancos e instituições financeiras. A manicure, Alina Gusmão, 31 anos, explica que a compra exagerada por impulso já fez ela passar por situações difíceis. “Quando estou chateada ou ansiosa, vou ao shopping para comprar coisas e me sinto muito melhor, mas depois me bate a sensação de culpa e penso logo: o que foi que eu fiz?”. Ela conta que em apenas uma tarde gastou R$ 700 e por diversas vezes o limite do cartão foi estourado, mas sem condição de pagar, apelou para os acordos. Ainda assim, a situação se repete. “Meu marido acha que eu sou muito gastadeira. Ontem mesmo ele brigou comigo quando viu o extrato do cartão”. Dicas – O advogado Augusto Cruz, responsável pelo Blog Consumidor do iBahia, explica que para evitar o acúmulo de dívidas e a consequente inadimplência é preciso fazer uma planilha de gastos ao longo de um ano. Dentro dela deve conter os gastos fixos como telefone, energia, parcelas do cartão de crédito, apartamento, além das despesas variáveis como supermercado, combustível, entre outros. No final de cada mês deve ser feito um somatório das despesas e da renda do consumidor. O objetivo da planilha é possibilitar uma visão geral do que se pode gastar e comprometer. Augusto aconselha: “Faça uma pesquisa de preço, nunca compre por impulso. Se não for algo urgente, espere chegar a liquidação. Enquanto isso, economize durante um tempo o dinheiro para comprar à vista com o desconto. Evite despesas fixas, pois elas comprometem a renda do mês seguinte” O que cortar? – Supérfluos devem ser cortados. Os cartões de crédito com anuidade devem ser trocados e tirados da carteira para evitar o uso. É importante negociar a dívida, principalmente aquela que incide juros. Procure estabelecer uma meta de poupança. “O consumidor deve pensar que até o final do ano uma quantidade significativa de dinheiro deverá estar guardada, para maior conforto e segurança em casos de emergência. O primeiro mês pode começar com investimento de R$ 10 na poupança, o próximo com R$ 20 e assim por diante”, alerta Augusto. Serviços CDL – Orientações para negociação de dívidas, novos planos de pagamento que caibam no bolso, entendimento entre consumidor e credor são alguns dos serviços oferecidos gratuitamente pela CDL. Basta o consumidor dirigir-se a unidade mais próxima da residência. Confira os endereços: *Rua Carlos Gomes, 1063, Aflitos *SAC Cajazeiras - Rua Estrada do Coqueiro Grande,s/n - Fazenda Grande III *SAC Barra - Av. Centenário, 2992, Chame-Chame, 1º piso - Shopping Barra *SAC Comércio - Av. da França,s/n, Instituto do Cacau, Comércio

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