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ECONOMIA

Lojistas apostam na Liquida Bahia para esquentar vendas

Procon-BA orienta como fugir das falsas ofertas durante o período da campanha promocional que acontece até o dia 16 de julho

Redação iBahia • 08/07/2017 às 16:40 • Atualizada em 26/08/2022 às 17:42 - há XX semanas

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A dona de casa Iraci Santos não resistiu o apelo do banner que anunciava calçados a partir de R$ 9,99 na fachada da loja Pizzeli Calçados, quando passava pela Avenida Sete: “O preço tá muito bom, vou levar essas três sandálias. Com essa crise fiquei sem comprar nada o ano todo, mas quando é promoção, eu também mereço fazer uma gracinha para mim”, disse ainda estava na fila do caixa. “Como consegui comprar mais barato, vou pagar no dinheiro porque aí a gente já não fica com dívida”, acrescentou.

E o comércio está mesmo com vontade de zerar os estoques e esquentar as vendas no período. No primeiro final de semana da Liquida Bahia que vai até o dia 16 de julho, a expectativa é movimentar, em média, R$ 340 milhões em vendas com a oferta de descontos que podem passar de 70%, principalmente, se o consumidor for às lojas com dinheiro no bolso disposto a pagar à vista.

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“A correria no primeiro final de semana tem uma curva ascendente muito grande e chega a responder por 30% do movimento durante toda a campanha, o que indica que tanto hoje como domingo teremos um movimento muito forte”, ressalta o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado da Bahia (FCDL-BA), Antonie Tawil. Ainda de acordo com ele, só no primeiro dia de Liquida, a adesão das lojas de rua e de bairro, principalmente em Cajazeiras e na Liberdade, aumentou 20% em comparação com o evento do ano passado. “É um envolvimento que vai fazer a diferença ao longo de toda Liquida”.

Diante do apelo de tantas vitrines em promoção, o consumidor vai precisar ficar alerta para não cair na armadilha dos falsos descontos, como orienta o diretor de Fiscalização da Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA), Iratan Vilas Boas. A principal arma do consumidor nesses eventos promocionais é a pesquisa de preço no mercado. É preciso verificar se o preço apresentado pelo lojista tem mesmo o desconto que ele prometeu. É possível fazer isso antes de decidir pela compra, tanto nas lojas físicas como também pela internet que vai permitir que ele encontre ali o preço global, capaz de fazer este comparativo. Monitore esses preços e avalie a sua real necessidade de compra, aconselha.

O consumidor que notar alguma irregularidade na oferta pode fazer a denúncia pelo aplicativo Procon-BA (disponível para Android e iOS). As reclamações também podem ser registradas no e-mail [email protected] ou pelo Procon Fone no número (71) 3116-0567. “Mesmo em promoção, todos os produtos possuem garantia legal: bens duráveis, 90 dias e bens não-duráveis, 30 dias. O fornecedor, no entanto, não tem obrigação de trocar um produto por insatisfação do consumidor, somente quando o produto vem com um problema”, acrescenta Vilas Boas.

Queima de estoque

Pelo menos 7 mil lojas espalhadas na capitalk e no interior participam da campanha promocional. A FCDL-BA estima que que o ticket médio nas lojas de shopping deve ficar em R$ 80. Nos bairros e lojas de rua, algo em torno de R$ 50. Cada R$ 40 em compras dá direito a um cupom para concorrer ao sorteio de um carro de luxo modelo Jeep Compass e mais 15 vale-compras de R$ 1 mil por mês durante seis meses. Pagamentos feitos em maquininhas da Rede dobram as chances de concorrer ao prêmio. “Não tenho dúvida de que o varejista está disposto a baixar o preço, sobretudo, quando ele ver o pagamento à vista”, destaca o presidente da FCD_BA, Tawil.

O presidente do Sindicato dos Lojistas da Bahia (Sindilojas), Paulo Motta, também aposta na oferta de promoções agressivas. “A adesão do comércio em muito grande em toda capital e no interior. Os preços estão realmente convidativos e por isso se tornam uma oportunidade de aumentar as vendas à vista e garantir capital de giro para o lojista em troca de um desconto maior para o consumidor. A crise ainda não passou e a cautela do consumidor existe, mas o cenário é muito positivo para atrair o consumidor até às lojas”, afirma.

Pechincha

Depois de bater perna pesquisando da Avenida Sete até o Shopping Piedade, a patisseira Rosilene Batista finalmente encontrou o dvd com karaoquê que estava querendo a algum tempo. De R$ 129 acabou levando por R$ 99. “Juntei um dinheirinho porque o som e meu dvd quebraram ao mesmo tempo, até chorei quando parou de funcionar. Mesmo desempregada vou fazer esse esforço porque sou apaixonada por dvd e gosto de cantar também, nessa situação difícil que a gente vive se não tiver uma distração fica mais pesado ainda”. Rosilene fez questão de negociar um desconto extra porque estava levando o produto em dinheiro. “Como vou pagar no dinheiro quero chorar mais esse desconto”.

Esse esforço todo para aproveitar as promoções, ainda que o orçamento esteja no aperto anima os lojistas. Na Frésia do Shopping Center Lapa, toda loja está em promoção com descontos que podem chegar a 50%, como o vestido curto que custava R$ 199 por R$ 99 e o vestido longo que reduziu de R$ 239 para R$ 120. A nova coleção também foi remarcada com descontos de até 30%. “A expectativa que hoje o movimento aumente ainda mais, o pessoal já recebeu o dinheiro ontem por conta do 5º dia útil e tem também o extra das contas inativas, o que deve incrementar nossas vendas de julho”, pontua a gente da loja, Laís Silva.

Ainda que o desconto na vitrine pareça irresistível o consumidor vai precisar colocar tudo na ponta do lápis antes de gastar para não sair da loja endividado. O conselho é do economista e educador financeiro, Edval Landulfo. “É fazer as contas na calculadora e negociar desconto a desconto. Não adianta se empolgar com a promoção sem analisar o orçamento e ponderar o que é prioridade”.

Mais uma vez, a pesquisa vai ser decisiva para aqueles que realmente querem economizar e comprar dentro do que realmente cabe no bolso. “Respeite a faixa do que pode gastar. Não compre na primeira loja e esteja disposto a pesquisar. Verificar os preços antes não só nas lojas físicas, mas também na internet vai dar uma visão geral sobre se aquele produto está mesmo sendo adquirido com desconto”, insiste Landulfo.

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