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Ter um plano de voo, checar o rádio, saber a pista que será usada para pouso e decolagem e conhecer o percurso que irá voar. Esses são alguns dos procedimentos que os pilotos de aeronaves devem seguir para iniciar uma viagem. Mas para se tornar um comandante, o interessado deve em primeiro lugar, conseguir uma licença de Piloto Privado, através do curso profissionalizante. O processo não é tão complicado, qualquer pessoa com mais de 18 anos e segundo grau completo, pode iniciar a carreira, desde que tenha o Certificado para Capacitação Física (CCF), que atesta por meio de exames, a saúde do candidato. O curso é dividido em duas partes, a primeira é a fase teórica, com quatro meses de aula, e a segunda parte são as aulas práticas, o aluno deve cumprir uma carga de pelo menos 40 horas de voos, o mínimo para obter a licença para ser um piloto privado, exigidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Se o objetivo é tornar-se um piloto comercial, a Anac exige um mínimo de 150 horas de voo, aí já estão inclusas as 40 horas da licença de piloto privado. Após a conclusão do curso que são oferecidos por escolas de aviação civil reconhecidas pela Anac, os alunos são submetidos a exames para receber a habilitação de piloto. Apesar do mercado da aviação estar crescendo cada vez mais na Bahia, e no Brasil, o que dificulta a formação dos profissionais é o custo do investimento, um mínimo de R$ 40 mil.
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O proprietário da Escola de Aviação Civil CFA, de Salvador, Comandante Lima, afirma que mesmo com os custos para se tornar um piloto, a procura tem crescido muito na capital baiana. Somente em 2010, 20 novos pilotos foram formados pela CFA, em em 2011, 48 novos profissionais estão em formação. “Essa procura está ligada às melhores condições de trabalho e ao retorno financeiro, hoje um Comandante de Airbuss iniciante, ganha aproximadamente R$ 20 mil”, afirma Lima. Com mais de 30 anos de profissão, o capitão ainda arrisca fazer umas manobras. “Faço a avaliação final dos alunos, para ter certeza de que eles estarão preparados para a prova da Anac”, revela Lima que conhece bem as necessidades e custos para se tornar um comandante. Na CFA, um pacote promocional com dez horas de voo custa aproximadamente R$ 2.950 mil, o que facilita bastante a formação dos estudantes. Mesmo não sendo exigido curso superior para pilotos, João Carlos Caldeira, procurou a curso de Ciências Aeronáuticas, da FTC, para ter certeza do que queria para o seu futuro profissional. A liberdade e a falta de rotina foram os principais motivos que incentivaram o jovem a entrar para a faculdade. “Em 2007 decidi que iria ser piloto, entrei no curso porque não queria uma profissão que seguisse a rotina de ter que obedecer prazos, e quando voei pela primeira vez, me certifiquei que era o que eu queria”, explica.
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Com 50 das 150 horas de voo exigidas para se tornar um piloto comercial, João Carlos que também é aluno da CFA, onde pratica voos, fez recentemente sua viagem mais longa. “Fui pilotando até Minas Gerais pegar um avião que estava no conserto, e foi uma viagem incrível”, relembra. Até a família do estudante que não gostava da ideia dele se tornar piloto já superou os medos. “Meus pais não gostaram da ideia no começo, mas depois que perceberam o quanto o meio de transporte é seguro”, conta.
Ensino Superior – Na Bahia, o curso superior de Ciências Aeronáuticas com habilitação em Piloto Comercial é encontrado na Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC). Com duração de seis semestre, o curso desenvolve no aluno, o senso crítico-intuitivo, tornando-o um profissional capacitado para gerenciar conflitos, estabelecer relacionamento interpessoal, gerir equipes de trabalho e tomar decisões, além de possuir conhecimentos sobre a legislação.
Serviço : Escola de Aviação Civil CFA – (71) 3345-2920 / 3492-2525
Escola Baiana de Aviação (EBAC) – (71) 3499-4501/ 3505- 3465
Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) - (71) 3254-6666
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) - (61) 3314-4105