Estudantes inadimplentes com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) poderão renegociar suas dívidas a partir do segundo semestre, em um montante que até o momento soma 10 bilhões de reais, afirmou nesta segunda-feira o Ministério da Educação (MEC).
A medida se soma aos esforços mais recentes do governo federal para tornar o programa sustentável, disse o MEC em comunicado, acrescentando que o Fies atualmente conta com 2,7 milhões de contratos e 453 mil alunos inadimplentes.
"Ninguém quer ficar inadimplente, devendo o curso que foi financiado. A partir de agosto, o CG-Fies fará toda a normatização das regras para que os alunos procurem as agências da Caixa, façam a renegociação e normalizem sua situação junto ao Fies", disse o secretário-executivo adjunto do MEC, Felipe Sartori Sigollo, em nota.
Conforme o MEC, o número de estudante beneficiados pela medida pode ser maior que 453 mil, dado que há mais 826 mil contratos em fase de amortização. "Essa medida terá uma amplitude mais elevada à medida que os contratos forem vencendo e algumas famílias fiquem, por alguma razão, inadimplentes”, completou Sigollo.
Para o diretor de gestão de fundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a renegociação de dívidas com alunos inadimplentes pode gerar mais recursos para o governo federal e se traduzir na criação de mais vagas para o Fies.
Ao todo, foram ofertadas 310 mil vagas de Fies para 2018, das quais 155 mil na segunda metade do ano. Conforme balanço parcial divulgado pelo MEC em 6 de junho, as contratações do Fies no primeiro semestre atingiram apenas 35.866 vagas, havendo mais 16.351 remanescentes a serem preenchidas até esta segunda-feira.
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Redação iBahia
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