Professores de quatro universidades estaduais da Bahia realizaram uma paralisação nesta quarta-feira (18). Segundo a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), protesto tem duração de 24 horas.
Participam do movimento a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).
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Entre as reinvindicações da categoria estão a mudança do regime de trabalho, melhora na política de permanência e assistência estudantil, mais orçamento para as universidades, a inclusão de taxas de insalubridade e periculosidade nos salários e a concessão de auxílio transporte.
"Um professor, por exemplo, que trabalha em Guanambi, mas necessita morar em Salvador por questões de saúde ou familiares, chega a gastar mensalmente R$ 1.600,00 com passagens. Um minucioso estudo feito pela Aduneb, em 2022, mostra que o investimento da Uneb em passagens intermunicipais corresponderia a apenas 0,49% do orçamento da universidade daquele ano", pontua a associação, em nota.
Outro aspecto exigido pelos professores é a extinção da Lista Tríplice de indicação, por parte do governador, dos nomes para reitoras ou reitores.
"Pede-se o respeito à democracia, ao resultado das eleições realizadas pelas comunidades acadêmicas e a posse sempre do primeiro colocado no pleito. A lista tríplice é originária do período Carlista e desrespeita o artigo nº 207 da Constituição Federal, sobre a autonomia universitária."
Em nota, a Uesc pontuou que, para além das reinvindicações da categoria, exige que os problemas de alta de pessoal sejam definitivamente resolvidos pelo governo do Estado.
"Em comunicado recente, o governo anunciou a contratação de 638 professores e técnicos para as quatro universidades estaduais. Para a UESC, 51 profissionais serão contratados, sendo a maioria em caráter temporário. A medida, entretanto, não resolve de forma definitiva o problema da falta de pessoal nos cursos e setores da instituição, além de se limitar a apenas um item de reivindicação, deixando de fora outros considerados igualmente cruciais para o funcionamento da universidade.", enfatizou a instituição, em nota.
O iBahia também entrou em contato com outras universidades que participam do movimento, mas não recebeu retorno.
O que diz a Secretaria da Educação da Bahia
Também por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) afirmou que mantém um canal aberto de diálogo com a representação sindical dos docentes e respeita a autonomia da universidades.
Além disso, a SEC enfatiza que vem atendendo as demandas da categoria , como promoções, progressões, novas nomeações, contratações, assim como reajuste e recomposição do quadro de docentes.
"A Secretaria da Educação do Estado entende que o direito à livre manifestação faz parte do processo democrático, assim como o compromisso de garantir o pleno funcionamento das instituições públicas para o bem geral da sociedade.", finaliza.
Iamany Santos
Iamany Santos
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