O Sindicato de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (APUB) convocou uma reunião nesta quinta-feira (28), às 14h30, no PAF I da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O objetivo é discutir tanto o indicativo de greve já anunciado pela instituição, quanto a paralisação que teria sido programada para esta sexta-feira (29).O clima na universidade é de tensão e expectativa com relação ao que será decidido nesta reunião. Apesar dos servidores já terem deflagrado greve na última terça-feira (26), a greve dos docentes deverá ser decidida ainda esta semana.
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Segundo o site da APUB, a paralisação acontecerá em parceria com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e em repúdio ao PL da terceirização e ao ajuste fiscal. Outro tema seria uma lembrança do que aconteceu há um mês quando professores da rede pública de ensino foram agredidos por policiais, no Paraná, durante uma manifestação pacífica."Dia 29 de maio completa um mês do massacre da polícia do Paraná, comandada pelo tucano Beto Richa, aos professores e à educação. Total apoio às greves de professores que ocorrem em vários estados do País, especialmente em São Paulo, cujo governo não negocia e entra na justiça contra o direito de greve, e também nas universidades federais e estaduais. Esta luta é de todos nós", diz nota divulgada no site do sindicato.
Atualizações em tempo real:
15:51 - Professores se irritam por não conseguir entrar no auditório onde a reunião acontece e sugerem que os estudantes saiam. A professora Selma, da FACED, representante da APUB, pediu que todos saíssem e a reunião foi transferida para a área externa do PAF I
16:04 - Segundo informações de estudantes que estão na universidade, cerca de mil pessoas aguardam definição do novo local da reunião em área externa do PAF I, da Ufba.
16:18 - Estudantes e professores sentam em gramado do PAF I para aguardar decisão de onde seguirá acontecendo a Assembleia. De acordo com presentes, há possibilidade da reunião ser adiada caso o novo local não seja definido.
16:29 - Recomeça a assembleia. A professora de odontologia, Lana Bleicher, está com a palavra para retomar os tópicos propostos. Até o momento, acontece apenas a contextualização dos motivos da reunião. A votação a respeito da greve está programada para o final da assembleia.
16:50 - Em redes sociais, estudantes questionam os métodos usados na votação que decidirá a greve. Segundo alunos, que estão agora no local da reunião, cerca de cinco discursos a favor da greve já foram feitos por representantes da APUB e ANDES, até então. Os pronunciamentos estão sendo finalizados.
17:11 - Segundo informações da página Movimento Estudantes Não Alinhados, o professor Paulo Fábio Dantas, docente da FFCH, de São Lázaro, foi um dos poucos professores a se manifestar contra a greve. Os docentes seguem fazendo pronunciamentos e a previsão é de que a votação ocorra às 18h.
17:18 - O professor e ativista de direitos humanos, Joviniano Neto, acaba de fazer um encaminhamento para as votações. Ele propõe que sejam feitos dois questionamentos. Se haverá ou não greve e, caso a votação desta tenha resultado positivo, quando se daria o seu início. "A greve é pela defesa da UFBA", argumentou o professor aposentado.
17:25 - Os professores começam a se organizar para proceder com a votação. Em resposta ao questionamento de estudantes em redes sociais sobre os métodos em que a decisão aconteceria, foi explicado que a votação se dará com o levantamento de cartões. A primeira questão será "Devemos deflagrar greve?" e as respostas devem ser "sim" ou "não". Caso o "sim" seja maioria, isso ainda não significará que a greve começa agora, já que haverá outra questão com relação ao assunto.
