Os educadores são unânimes ao dizer que, sim, é difícil escolher a instituição de ensino ideal, principalmente para os pais de primeira viagem. São muitos os fatores que pesam na balança nessa seleção, mas, com um pouco de atenção é possível atender às expectativas dos pais e ainda deixar as crianças participarem da escolha, pois o fator “se sentir ou não à vontade no que pode ser o novo ambiente escolar” também deve ser levado em consideração.
Assim como quando se vai pesquisar um imóvel, por exemplo, é importante, antes de mais nada, decidir o que é prioridade na próxima instituição de ensino do filho. O psicopedagogo e doutor em Ciências da Educação Júlio Furtado recomenda enumerar os atributos que se espera encontrar na escola, tanto no aspecto pedagógico quanto no estrutural.
— Nessa hora o pai pode dar vazão à sua fantasia e listar tudo o que ele julga ser importante em uma instituição de ensino, definindo bem o tipo de escola que quer para o filho — explica Furtado.
Os sites das instituições podem ser de grande ajuda para guiar essa primeira filtragem de perfil das escolas. Contudo, os educadores recomendam que cada item observado e a lista de requisitos sejam minuciosamente questionados na visita ao colégio.
Quando o assunto é a assimilação do conteúdo aplicado, é sabido que alguns alunos precisam de mais tempo que outros para se desenvolverem. Uma das alternativas comuns em escolas é a indicação de um professor particular. No entanto, para Júlio Furtado, essa não deve ser uma opção.
— Os pais precisam cobrar das escolas um plano para os alunos que por ventura apresentem dificuldades no aprendizado. Uma boa instituição se revela quando consegue ensinar, e bem, o maior número de alunos — argumenta Furtado.
Já a doutora e consultora em Educação Andrea Ramal chama a atenção para que se compare os valores da escola, principalmente no que tange à doutrina, com os da criação dada pela família.
— Não adianta os pais mais liberais, que às vezes têm dificuldade em impor limites aos filhos, optarem por uma escola mais tradicional para tentar alinhar a criança, pois assim certamente a adaptação será mais longa e pode até não acontecer. O mesmo ocorre em casos inversos — explica Andrea.
Os educadores também recomendam que além de conhecer a fundo o método de ensino da escola, os pais pesquisem os históricos da instituição no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), para alunos de todas as séries, e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para os que têm filhos já em fase de preparação para o ensino superior.
Outro fator positivo para a escola, que pode ser observado pelos responsáveis, é se a instituição tem alunos com necessidades especiais, mesmo que não seja o caso do seu filho. Acredita-se que essa convivência, além de propiciar maior inclusão, pode fazer com que as crianças trabalhem as diferenças de forma verdadeira.
Por fim, os educadores dizem que o tempo de deslocamento entre a casa e a escola deve ser avaliado para não comprometer o desenvolvimento da criança.
Nem sempre mensalidade alta significa bons resultados
Para educadores, instituições mais caras nem sempre garantem melhor rendimento dos alunos. Eles defendem que se houver uma estrutura mínima, como equipamentos essenciais, refrigeração e higiene, o luxo — que pesa nas mensalidades — não deve ser prioridade.
— A escola pode até ser mais cara, mas só vale se os benefícios que ela oferecer forem além da estrutura física — diz Júlio Furtado.
Para a educadora Tania Zagury, outra dica é o boca a boca entre pais. Ninguém melhor do que quem já conhece a instituição para comprovar o que é dito nas propagandas:
—Numa rápida conversa pode-se comprovar questões como segurança e doutrina.
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Redação iBahia
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