A pandemia do covid-19 mudou e muito o conceito de saúde e de cuidado e a prova disso são os quase 550 mil pessoas que perderam a vida por conta dessa doença misteriosa. Atualmente, um dos grandes desafios dos profissionais de saúde é em como lidar com os impactos causados pelo coronavírus. A doença é considerada nova e os efeitos que ela vem apresentando não são animadores.
De acordo com estudos americanos, até 40% das pessoas que tiveram covid e se recuperaram apresentam sequelas. Dentre elas, dificuldades de locomoção e até de fala. Por isso, muitos fisioterapeutas como Fábio Carvalho, que está em contato com pacientes com essas limitações pós covid e atua na área há 12 anos, alertam para a importância da indicação e da prática de reabilitação neurofuncional, respiratória e ortopédica.
“Reabilitar o paciente pós covid com desordem neurológica é um start na sua retomada funcional. E neste momento, a combinação de todo o conhecimento disponível com uma abordagem humanizada faz da fisioterapia neurofuncional uma das peças principais desse processo”, explica o fisioterapeuta.
Ainda segundo Fábio, sequelas neurológicas possuem um grande potencial de incapacidade e limitação funcional para o paciente e, muitas vezes aquelas em uma faixa etária ainda produtiva.
Por isso, é muito importante falarmos sobre o assunto. Em entrevista, o especialista contou que ás vezes o paciente é submetido a um atendimento ortopédico no hospital, mas na verdade ele necessitava de uma outra abordagem.
"Eu já tive pacientes com sequelas. A recuperação acontece na maioria dos casos, em quase 100% dos casos pós reabilitação. É importante chamar a atenção pra isso. Porque muitas vezes nos hospitais os pacientes recebem fisioterapia ortopédica, mas as vezes eles precisam de uma abordagem neurofuncional ou respiratória. Já tive paciente que demorou 15 dias, 1 mês, 4 meses (para se recuperar)", contou.
A fisioterapia torna-se fundamental na reabilitação, pois ajuda os pacientes a resgatar sua autonomia e independência. A covid-19 é uma doença ainda pouco estudada e o especialista cita que a família precisa ficar atenta, principalmente aqueles que precisam ser entubados, colocados em posições dorsais, pois isso afeta muito a locomoção e pode até causar lesões periféricas (nos tornozelos, braços, dedos, etc)
Quando questionado sobre o retorno dos pacientes pós reabilitação, Fábio disse que é recompensador e que em todo o processo é importante ter como objetivo principal a devolução da “qualidade de vida e a vontade de viver aos pacientes que sofreram alguma lesão”.
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Redação iBahia
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