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Desabamento

'Igreja de ouro' segue interditada em Salvador 6 meses após tragédia

Templo religioso localizado no Centro Histórico passa por obras emergenciais; acidente ocorreu em fevereiro deste ano e também deixou cinco feridos

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Redação iBahia

05/08/2025 às 9:35 - há XX semanas
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Seis meses após parte do teto da Igreja de São Francisco de Assis desabar no Centro Histórico de Salvador, o local continua interditado nesta terça-feira (5) e passa por obras emergenciais. O acidente no templo, conhecido como "igreja de ouro", resultou na morte de uma turista de 26 anos. Além dela, outras cinco pessoas ficaram feridas.


					'Igreja de ouro' segue interditada em Salvador 6 meses após tragédia
'Igreja de ouro' segue interditada em Salvador 6 meses após tragédia. Foto: Reprodução

O desabamento ocorreu no dia 5 de fevereiro deste ano. Na ocasião, Giulia Panchoni Righetto, natural de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, passeava no local com o namorado e um casal de amigos. A vítima estava sentada, admirando o teto da igreja, quando o acidente aconteceu.

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Giulia Panchoni Righetto, de Ribeirão Preto, compartilhava paixão por viagens nas redes sociais. Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Meses após o ocorrido, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou ao g1 que está trabalhando na estabilização do forro da igreja, a prioridade no momento. Quando essa etapa for concluída, os funcionários darão início às reformas no complexo da igreja.

Antes do desabamento, já existia um projeto de restauração do espaço, com um custo estimado de R$ 1,2 milhão. Com o acidente, a obra precisou ser iniciada em caráter emergencial, o que aumentou consideravelmente seu custo.

Segundo o Iphan, ainda não há uma estimativa do custo final da obra, pois o valor total dos reparos ainda não foi totalmente calculado.

Relembre desabamento


					'Igreja de ouro' segue interditada em Salvador 6 meses após tragédia
​Foto: Reprodução / Redes sociais

Na tarde do desabamento, diversos turistas visitavam a igreja e o seu entorno, no Centro Histórico de Salvador. O templo está localizado no Largo do Cruzeiro de São Francisco, uma área que conta com sorveterias e restaurantes no Pelourinho.

Dois dias antes do desabamento, o frei Pedro Júnior Freitas da Silva, que ocupa a função de guardião-diretor da igreja, havia alertado o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sobre uma "dilatação" no forro do teto e solicitado uma vistoria. A visita estava agendada para o dia 6 de fevereiro, um dia após o desabamento.

De acordo com o presidente do instituto, Leandro Grass, a solicitação da igreja seguiu o protocolo normal, que não é o procedimento adequado para situações de urgência.

O diretor da Defesa Civil de Salvador, Sósthenes Macedo, destacou que o poder público sabia da existência de algumas partes comprometidas na estrutura, mas sem risco iminente de desabamento, razão pela qual o espaço não estava interditado.

Problemas estruturais


					'Igreja de ouro' segue interditada em Salvador 6 meses após tragédia
Foto: Itana Alencar/g1

Considerada uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo, a igreja já enfrentava problemas estruturais há anos.

Com seu interior revestido em ouro, o templo fundado no início do século XVIII foi tombado como patrimônio material do Brasil. Contudo, o reconhecimento por parte do governo federal, que deveria garantir a proteção ao espaço, não impediu que a construção chegasse a uma situação degradante.


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Foto: Itana Alencar/g1

Durante uma visita realizada em 2023, o g1 observou que o local apresentava pinturas e teto desgastados, fiação exposta, pilastras sem reboco e piso desnivelado em vários pontos, o que dificultava a locomoção de pessoas com mobilidade reduzida.

O teto nos corredores do complexo religioso, que compreende a igreja e o Convento dos Freis Franciscanos, também estava escorado com ripas.


					'Igreja de ouro' segue interditada em Salvador 6 meses após tragédia
​Foto: Arquivo Pessoal

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​Foto: Arquivo Pessoal

Na ocasião, o g1 questionou ao Iphan sobre a previsão de restauro do restante do local, e o órgão informou que havia incluído, no planejamento de ações de 2023, a contratação de uma empresa para a elaboração dos projetos executivos de arquitetura, engenharia e restauração da Igreja de São Francisco.

Conforme o instituto, após a conclusão dessa etapa, seria aberto um processo para contratar a empresa responsável pelas obras. O tempo médio de restauração de um monumento como a Igreja de São Francisco, segundo o Iphan, é de dois a três anos.


					'Igreja de ouro' segue interditada em Salvador 6 meses após tragédia
​Foto: Arquivo Pessoal

No mesmo ano, um dos pátios da Igreja de São Francisco foi parcialmente fechado devido ao risco de queda do pináculo direito. A estrutura, uma cúpula de metal que pesa cerca de uma tonelada e meia, chegou a ser removida, conforme o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Durante todo esse período, as visitas ao templo, um dos mais procurados por quem passeia pelo Centro Histórico da capital baiana, seguiram mantidas.


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Foto: Itana Alencar/g1

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