O Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Labsis - UFRN) registrou no dia 24 de junho, data em que se comemora o São João, um tremor de terra na cidade de Jacobina, localizada no interior da Bahia. O sismo ocorreu às 09h20 UTC (06h20, horário de Brasília), com magnitude preliminar calculada em 2.0 mR. Até a publicação desta reportagem, não há relatos de moradores da região que tenham sentido ou escutado o tremor.
O último evento sísmico registrado no estado da Bahia foi no dia 20 de junho, também em Jacobina, quando um tremor de magnitude aproximada em 2.0 mR abalou a região.
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Em nota, o Laboratório Sismológico da UFRN segue monitorando e divulgando toda atividade sísmica que ocorra no estado da Bahia e em toda região Nordeste do país.
Bahia passa de 100 tremores de terra em 2024
A Bahia já registra mais de 100 tremores de terra em 2024, segundo balanço do laboratório. Em matéria do iBahia, o coordenador do Laboratório Sismológico da UFRN, Aderson Nascimento, explicou que, apesar de não poder afirmar com precisão o que pode ocasionar essa quantidade de abalos sísmicos concentrados, até então, um fator que pode contribuir são as atividades de mineração.
"No caso de Jacobina e Jaguarari, são atividades sísmicas que ocorrem muito próximas a atividades de mineração. Então, a gente sabe, na literatura, é relatado que essa sismicidade pode ser provocada por mineração. Isso é comum de acontecer. Esses dois casos em particular, pode ser isso aí. Desde que a coisa seja monitorada e a extração seja feita de forma que respeite os limites, é natural que aconteça, porque a atividade econômica tem que ocorrer", destaca.
É importante também destacar que não há nenhuma anormalidade nessa condição. Diferente do que muitos acreditam, todos os dias são registrados abalos sísmicos em diferentes cidades e estados do país. A diferença para outras partes do mundo é que a Bahia está localizada no meio - ou em algumas regiões, no limite - de uma placa tectônica chamada sul-americana, isso faz com que os tremores sejam mais fracos. Leia a matéria completa aqui.
Mayra Lopes
Mayra Lopes
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